Esta é para chorar

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Como se já não fosse suficiente a degradação do serviço público pela prática desenfreada do nepotismo ou do fisiologismo partidário, o candidato Lucas Rodrigues, também conhecido pela alcunha de Xará, eleito Vereador em Patos de Minas pelo PP, na intenção de inovar na contratação de pessoal e não manchar o seu mandato pelo nepotismo ou fisiologismo, criou o método de seleção por sorteio.

Isto mesmo, sorteio público, bastanto os interessados preencherem a ficha de sorteio e depositar numa urna.

Xará que, mesmo antes de ser empossado, perdeu a oportunidade de ficar calado assim como deveriam ficar a maioria de nossos políticos, preferiu abrir a boca e passar um atestado daquilo que muitos eleitores desconfiam sobre os politicos eleitos, o desconhecimento total da constituição federal, estadual e da lei orgânica dos municípios.

Nossa experança é que, pelo menos neste caso, o Ministério Público Estadual ponha fim no jumentismo deste indivíduo.

Vereador coloca cargo de assessor para sorteio em MG
EDUARDO KATTAH - Agencia Estado
BELO HORIZONTE - O Ministério Público Estadual (MPE) abriu inquérito para apurar o inusitado critério que um vereador eleito da cidade de Patos de Minas adotou para a contratação de dois auxiliares. Vereador mais votado do município localizado a 400 quilômetros de Belo Horizonte, Pedro Lucas Rodrigues (PP), o Xará, anunciou num jornal da cidade, no fim de semana passado, um anúncio no qual convoca a população interessada a participar de um sorteio para concorrer aos cargos de assessor parlamentar, com remuneração bruta mensal de R$ 1.850,00.

No anúncio, Xará informa que apenas um dos cargos exige segundo grau completo. No outro, não há exigência de escolaridade. "Para mim não há problema se o cidadão é analfabeto ou não", afirmou ele a uma emissora de TV local. Serão sorteados ainda dois suplentes dos assessores. A pretensão de Xará é realizar o sorteio no dia 12 de dezembro, no plenário da Câmara Municipal.

Porém, o MP tenta barrar a iniciativa. "Tivemos acesso ao exemplar do jornal e instauramos imediatamente um inquérito civil público. A gente entende que o sorteio não é um critério de admissão ao serviço público previsto na nossa legislação. E que isso fere os princípios da moralidade e eficiência administrativa", disse o promotor José Carlos de Oliveira Campos Júnior. "A sorte não pode ser critério de acesso ao serviço público." Segundo ele, o vereador será convocado para assinar um termo de ajustamento de conduta, se comprometendo a cancelar o sorteio.

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