São princípios da contabilidade eleitoral que seguem, à risca, os marqueteiros do Palácio da Liberdade e a imprensa comprada de Minas Gerais:
>> notícias boas - crédito para Aécio Neves e o choque de gestão;
>> notícias ruins - débito para Lula e tudo que faz o Governo Federal.
Pois bem, dada a diretriz pela agência oficial de propaganda do Governador, fica a cargo dos órgãos para-oficiais de imprensa, às custas das gordas verbas publicitárias que recebem do governo de Minas, exaltar o caráter estadista do jovial Aécio Neves, bem como os seus feitos fenomenais que incrementam, ainda mais, a frenética campanha jamais vista no estado para tentar eleger um mineiro como Presidente da República. E neste aspecto eles estão cobertos de razão, pois José Serra segue o mesmo receituário e tem a seu lado uma mídia muito mais poderosa e influente do que a de Aécio.
Feitas as observações preliminares e extraindo o conteúdo eleitoreiro do noticiário econômico da Agência Minas, os dados apresentados revelam, tão somente, o que de fato ocorreu em toda economia nacional, crescimento. Deve-se observar, entretanto, o caso particular da cadeia de minerometalurgia, a principal da pauta mineira e, que tem a Vale do Rio Doce como grande propulsora. Os leitores mais atentos sabem, que a queda no volume das exportações da vale não está só associada, somente, à crise global. De fato, a Vale enfrentou no segundo semestre um boicote dos chineses, principais importadores do nosso minério que, indignados com os constantes reajustes dos preços, lançou uma contra-ofensiva à ação especulativa da cia. brasileira que, por sua vez foi pega no contra-pé. Mas, pela condição que desfruta de estrela maior da política neoliberal do governo de FHC e, também, pelo volume que aplica em verbas publicitárias, a Vale foi poupada da perseguição dos sempre ávidos “especialistas” da mídia corporativa. Perdoem-me os leitores e leitoras pelo uso do termo, mas imaginem se tal cagada fosse coisa da Petrobrás?
Agência Estado 16/09/2008 - Siderúrgicas chinesas discutem boicote à Vale. "Estamos boicotando a transgressão da Vale de pedir outro aumento de preços depois do fechamento das negociações anuais", disse Luo Bingsheng, vice-presidente da Associação do Aço e do Minério de Ferro da China.
De uma forma geral, as oscilações nos números refletem o estado de incertezas da economia mundial, mas não sinalizam claramente se haverá uma hecatombe nas proporções desenhadas pelos sempre imprecisos economistas que militam, especificamente, nos mercados eleitorais e de capitais. O efeito imediato que se vê é a queda dos preços, que convenhamos, não tinha outro viés sua alta senão o da ganância desenfreada dos especuladores.
E hoje sabemos muito bem das turbulências na economia global, onde se originou, quem protagonizou, apoiou ou agiu de forma conivente para que ocorresse. Mas isso também já é passado e, dadas as implicações na economia real decorrente da farra do capitalismo, a conta vai ficar mesmo para o tesouro dos estados nacionais.
Para por fim nesta postagem e deixar que o leitor e a leitora tirem suas próprias conclusões, reservo-me o direito de apenas reiterar que os números não mentem, apesar de muitas vezes a mídia querer dar aos mesmos, um sentido diverso e que mais convenha ao grupo de interesses que representa.
Exportações mineiras superam meta em mais de US$ 4 bi
BELO HORIZONTE 05/01/2009
Agência Minas - Economia
Minas Gerais registrou exportações da ordem de US$ 24,44 bilhões em 2008, cifra que ultrapassa em mais de US$ 4 bilhões a meta prevista de US$ 20,16 bilhões para o ano. Os dados foram divulgados no final da tarde desta segunda-feira (5), pela Central Exportaminas, órgão vinculado à Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sede), que atua em parceria com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).
As exportações mineiras registravam US$ 7,43 bilhões em 2003, início do Governo Aécio Neves. Nos últimos cinco anos, portanto, o valor das vendas externas de Minas Gerais mais que triplicou, com desempenho acima da média brasileira, indica o órgão.
O ano de 2008, conforme o levantamento, foi o melhor do comércio exterior mineiro, com uma média de US$ 2 bilhões mensais e o recorde mensal de US$ 2,83 bilhões em setembro, fruto da demanda fortemente aquecida dos mercados mundiais até o fechamento do terceiro trimestre.
A participação do Estado na pauta nacional manteve-se constante ao longo do ano, fechando em 12,4% no mês de dezembro. Com isso, o Estado permanece, de forma consolidada, na segunda posição no ranking nacional, atrás apenas de São Paulo.
O secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Raphael Guimarães Andrade, observou que o desempenho das exportações em 2008 foi melhor do que a expectativa inicial, acusando crescimento de 10%. “O excelente desempenho verificado nos nove meses iniciais do ano levou ao resultado final de mais 33,2% nas exportações mineiras, bem acima da expectativa inicial do Governo do Estado e melhor do que a média nacional de 23,2%”, disse. Acrescentou ainda que as cadeias minerometalúrgica, automotiva, cafeeira e celulose foram as principais impulsionadoras desse desempenho.
Numa perspectiva de evolução estrutural, as exportações mineiras expandiram pelo quinto ano consecutivo a taxas de dois dígitos, implicando um valor em 2008 cerca de 230% superior ao de 2003.
Já as importações contabilizadas pelo Estado também foram recorde, superando US$ 10,4 bilhões e com elevada participação de insumos produtivos e bens de capital. O saldo comercial mineiro, ao contrário do valor nacional, cresceu 17,8% em relação a 2007, mantendo para o Estado a marca de maior valor dentre as unidades da federação.
Crise financeira
Sob o efeito da crise financeira internacional, o comércio exterior mineiro apresentou queda de 20% em dezembro em relação às exportações de novembro, caracterizando uma forte reversão no quarto trimestre ao período de expansão observado desde 2003 até setembro passado.
De acordo com os números preliminares do MDIC repassados à Central Exportaminas, dezembro apresentou queda nas exportações em comparação ao mês de novembro (US$1,79 bilhão), totalizando US$ 1,44 bilhão, confirmando a tendência de queda do valor exportado a partir de setembro, devido à conjuntura de crise mundial, notadamente pela queda de demanda e preços de commodities. Assim o valor exportado em dezembro de 2008 foi 5,6% menor em relação a idêntico mês do ano anterior.
Minérios (LEIA COM ATENÇÃO)
Um dos reflexos mais fortes da retração global ocorreu no setor de mineração. O valor médio por tonelada exportada de minério de ferro, principal produto da pauta mineira, caiu 6,6% em relação a novembro de 2008. Em relação a dezembro de 2007, o preço cresceu 77,4%, compensando a grande queda de cerca de 40% na quantidade exportada.
O café também experimentou redução no valor médio exportado de 4,3% em relação a novembro de 2008 e de 3,6% em relação a dezembro de 2007.Outra importante commodity da pauta que sofreu queda nos preços foi a celulose. Em relação a novembro de 2008, o valor médio por tonelada caiu 18,7%, situação semelhante a dezembro de 2007, quando foi registrada queda de 12,6% no preço. Ainda em relação a novembro de 2008, as importações caíram 28,5% e a balança comercial 9,1%.
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