RESOLUÇÕES DE ANO NOVO

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Como qualquer outra criatura, eu e o meu alter ego, o Língua de Trapo, fizemos nossas resoluções para este ano, dentre as quais destacamos a de não mais publicar fotos ou vídeos da Miriam Leitão, pois entendemos fazer mal e provocar azia em nossos leitores. Assim sendo, daqui para diante, toda vez que o assunto envolver a dita cuja, convocaremos Miss Piggy que, ao contrário da referida, é infinitamente glamourosa, simpática e sedutora e, também, gostariamos muito que ela tivesse nascido aqui em Minas Gerais, no lugar da outra, coisa que muito nos embaraça.

Pois bem, a boa que contamos hoje para vocês (e boa é modo de dizer) foi o retorno da criatura ao Boa Tragédia Brasil, aliás, desde que foi chamada de mentirosa pela Petrobrás e, também, saíram aqueles índices de venda no varejo ela andava meio que sumida daquele jornaleco que a Globo exibe de segunda a sexta às 7:15 da manhã, que por sua vez, faz com que o café com leite que você acabou de tomar azede no seu estômago de maneira irremediável. Caso não se importem com este pequeno mal estar e, tendo vocês estômago privilegiado, assistam aqui ao vídeo.

Mas a pergunta que eu o Língua fazemos é a seguinte:

Sabendo-se do empenho que tem a nossa MÍDIA PATRIÓTICA em espalhar o pânico e, que os índices econômicos são formados por uma composição de fatores e ou de outros índices, qual será parcela atribuída à Globo, Folha, Veja, Estadão e todos aqueles que os acompanham na formação destes 5,2% do índice de desempenho da indústria?

Seria interessante alguém teorizar tal efeito, assim com fez Eduardo Guimarães e o MSM no caso da Febre Amarela e, medir os prejuízos que se acrescentam a uma crise que, por si só, já possui todos os fatores para fazer estragos suficientes na economia.

Um outro aspecto que gostaria de abordar é a medida de comparação. Segundo a nossa MÍDIA PATRIÓTICA, este índice é o menor desde a era FHC. E ela está coberta de razão, pois nos seis anos do governo Lula nada assim aconteceu, entretanto e, para bem da verdade, os índices de crescimento desta mesma indústria apurados no governo Lula transcendem o próprio período do governo FHC e, ainda, a queda apresentada agora pelo IBGE é, diga-se de passagem, muito menor mesmo, bem menos do que a metade daquela apurada nos anos dourados do seu governo, em 1995, quando a produção industrial caiu 11,2% num único mês.

Para finalizar esta postagem, peço ao leitor um pouco de paciência para comparar o teor e a orientação das duas lambidas de reportagem que se seguem, a primeira do Boa Tragédia News e a segunda da Agência Brasil e, tirem suas próprias conclusões, pois de uma coisa sabemos, manipular informações e enganar o telespectador é filosofia, religião, corpo e alma do negócio da Globo e de seus associados golpistas.


LAMBIDA 1:

Pior momento da economia real
Boa Tragédia Brasil - edição do dia 07/01/2009

Ontem, Miriam Leitão previu e acertou a queda da produção industrial, mas a colunista diz que pode haver recuperação ao longo do ano.

Empresas e sindicatos estão negociando medidas de emergência para evitar novos cortes. Já houve negociações de contratos de trabalho, redução de jornada de trabalho e ajustes na produção. A Alcoa, produtora de alumínio americana com operações no Brasil, anunciou o corte de 15 mil postos de trabalho no mundo todo.

A produção industrial despencou. Eu falei que ia cair 5% e caiu 5,2%. Eu preferia estar errada. Foi a maior queda em 13 anos e foi ainda pior do que parece. O IBGE fez uma revisão do dado de outubro, aumentando a queda daquele mês. Então, o acumulado dos dois meses ficou mais alto.

Dezembro também deve ser negativo, concluindo um trimestre de queda. O PIB do último trimestre será negativo, e o primeiro trimestre de 2009 não tem boas perspectivas.

Se o primeiro trimestre terminar também em queda, o país pode entrar tecnicamente em uma recessão, depois de ter tido um crescimento forte nos três primeiro trimestres de 2008.

Os dados negativos da economia vão fazer com que o Banco Central comece a derrubar os juros no próximo dia 21. A queda será de, no mínimo, 0,5 ponto percentual.

Os juros devem continuar caindo nas reuniões seguintes, porque a inflação também está cedendo, em parte pelas reduções de preços, pelas liquidações.

Sobre o desemprego, algumas empresas estão demitindo, e outras não estão criando as vagas que planejavam criar. Uma coisa leva a outra na economia. Porque a Vale e as siderúrgicas estão mal. Por isso, uma empresa que fornece para elas, a Iochpe Maxion - maior produtora de vagões exatamente para este setor -, está com queda de 60% na atividade e já iniciou as demissões de mais de mil funcionários. (CUIDADO COM AS MEIAS VERDADES)


Agência Estado 16/09/2008 - Siderúrgicas chinesas discutem boicote à Vale. "Estamos boicotando a transgressão da Vale de pedir outro aumento de preços depois do fechamento das negociações anuais", disse Luo Bingsheng, vice-presidente da Associação do Aço e do Minério de Ferro da China.

Os cortes neste começo de ano nem sempre estão sendo noticiados, mas estão ocorrendo com mais frequência do que se imagina. Este é o pior momento para a economia real. Mas pode haver recuperação ao longo do ano.

A queda na indústria não foi igual para todo mundo. Teve setores que sentiram mais do que outros, principalmente aqueles que precisam de crédito. O setor de bens de consumo duráveis, que são carros e eletrodomésticos, precisam de crédito. Então, sentiram um baque maior.

Dos números de ontem, o que me assustaram foi que porque caiu também o investimento. Ele estava puxando o crescimento econômico. Então, quando o investimento para. Aí, você começa a ver os efeitos colaterais, como as demissões e as não contratações.

Com isso, a gente pode vislumbrar números ruins para o futuro, porque, se o investimento parou, fatalmente não vai aumentar a produção. Máquinas e equipamentos precisam de aço, e aço precisa de minério de ferro. Então, uma coisa vai levando a outra.



LAMBIDA 2:

Produção industrial recua 5,2% em novembro, maior queda desde maio de 1995
Thais Leitão - Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro - A produção da indústria brasileira recuou 5,2% em novembro, após retração de 1,7% verificada em outubro. O resultado, divulgado hoje (6) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), representa a maior queda na atividade fabril desde maio de 1995 (-11,2%). Somente em outubro e novembro, a queda acumulada no setor é de 7,9%.

O mesmo movimento foi verificado na comparação anual, interrompendo um ciclo de 28 meses de taxas positivas. Em relação a novembro de 2007, a produção da indústria brasileira sofreu um recuo de 6,2%, o mais intenso desde dezembro de 2001, quando houve queda de 6,4%.

De acordo com o documento do IBGE, essa desaceleração “evidencia um aprofundamento do ritmo de queda da atividade e um alargamento do conjunto de segmentos com decréscimo na produção”.

Na passagem de outubro para novembro houve retração em 21 dos 27 ramos pesquisados e em todas as categorias de uso. Segundo o instituto, os setores que mais influenciaram o resultado foram o de veículos automotores (-22,6%), máquinas e equipamentos (-11,9%), edição e impressão (-14,8%), indústrias extrativas (-10,9%) e metalurgia básica (-10,2%).

Entre as categorias de uso, os bens de consumo duráveis registraram a maior queda desde dezembro de 1997, com redução de 20,4%. Já a produção de bens de capital recuou 4%; de bens intermediários, 3,9%, e de bens de consumo semi e não-duráveis, 0,7%. No acumulado até novembro de 2008, a indústria acumula alta de 4,7% em relação ao verificado no período de janeiro a novembro de 2007. Nos últimos 12 meses, o crescimento foi de 4,8%.

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