VOCÊ SABE QUANTO GANHAM OS FLEXIBILIZADORES DO SEU SALÁRIO?

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E NO FINAL, VOCÊ VAI FICAR MUITO AGRADECIDO!

Reproduzo, na íntegra, a ótima reportagem de Valdo Albuquerque para o Jornal Hora do Povo, que revela o quanto ganham aqueles que, com a ajuda incondicional da mídia corporativa, querem "flexibilizar" o seu já miúdo salário.

E eles estão avançando, pois até as centrais sindicais aderiram ao discurso da FIESP de atribuir aos impostos e as taxas de juros as razões do desemprego. Como são servis os nossos sindicalistas. Já não se faz mais Luís Inácio como antigamente.

Enquanto isso, o amigo de Miss Piggy vai fazendo história, convencendo os bobões desinformados de como perder direitos trabalhistas e reduzir salários (flexibilização) faz bem para a economia, a deles é claro.

Já já eles te convencem de que trabalho voluntário é a nova onda, uma idéia patriótica endossada por Barak Obama para recuperar a economia mundial.

Leia com atenção.

Em meados de dezembro, para supostamente “enfrentar a crise econômica global”, o presidente da Vale, Roger Agnelli, saiu propondo “medidas de exceção”. Entre elas, “redução da jornada com redução de salário”. Magnânimo, não se fez de rogado: “Defendo isso para todos os níveis, eu inclusive”.

Cretinice à parte, o sr. Agnelli, guindado à presidência da Vale pelas mãos do Bradesco, é um daqueles executivos que vivem pontificando sobre a “excelência” das privatizações, rendem bênção ao “deus mercado” e, hipocritamente, vivem berrando contra os “altos” salários de vereadores, bedéis e demais servidores públicos.

A verdade, no entanto, é outra bem diferente. Quem recebe os tubos para parasitar o Estado e extorquir os trabalhadores, entre outras atividades nada edificantes, são exatamente os nababos que estão à frente de grandes conglomerados privados, todos eles candidatos a monopólios nativos. Assim o demonstram os valores levantados pelo jornal “O Globo”, constantes nos formulários 20-F, que são entregues anualmente à Securities and Exchange Commission (SEC), a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) norte-americana, pelas empresas com ações negociadas na bolsa de Nova Iorque.

Segundo dados de 2007, os dez maiores grupos brasileiros pagam anualmente aos seus principais executivos mais de R$ 736 milhões - convertendo-se o dólar por real, na cotação de R$ 1,777, de 31/12/2007. Só a Vale, do franciscano Agnelli, paga atualmente R$ 43 milhões aos seus oito diretores executivos, R$ 1,422 milhão a 11 conselheiros de administração e R$ 409.421 a quatro conselheiros fiscais. Em média, isso dá uma módica quantia por diretor de R$ 5,375 milhões anuais ou R$ 448 mil por mês. Cada conselheiro de administração embolsa R$ 129 mil anuais ou R$ 10.770 por mês. Já um conselheiro fiscal empalma R$ 102.355 anuais ou R$ 8.530 mensais.

ITAÚ

Para não ficar por baixo, o Itaú destina anualmente R$ 244 milhões (R$ 134 milhões em salários e R$ 109,9 milhões em planos de gestão e divisão de lucros) a 26 diretores e conselheiros. Com isso, em média, cada um tem que se virar com R$ 9,318 milhões anuais ou R$ 776 mil por mês, que ninguém é de ferro. O Grupo Gerdau, por seu lado, distribui anualmente R$ 59,352 milhões, entre 19 diretores e conselheiros, ou seja, R$ 3,124 milhões anuais ou então R$ 260 mil por mês.

BRADESCO

O Bradesco contempla os seus 15 diretores e conselheiros com R$ 170 milhões, o que dá uma média de R$ 1,504 milhão anuais ou R$ 125 mil mensais para cada um. O Unibanco, antes da fusão com o Itaú, nada menos que R$ 153 milhões para uma trupe de 109 pessoas, entre diretores executivos, conselheiros, diretores estatutários e comitês de auditoria. Em média, R$ 1,5 milhão anuais ou R$ 125 mil mensais. Por seu turno, a CSN paga o valor anual de R$ 16,881 milhões a 15 diretores e conselheiro, o que dá uma de R$ 1,125 milhão anuais (R$ 93 mil por mês) para cada um.

Nada de outro mundo, claro, se comparado com os formidáveis gastos com funcionalismo. Mesmo porque os nossos preclaros executivos não são apegados ao vil metal, como demonstrou recentemente o presidente da Vale, ao não aceitar a volta ao Bradesco (R$ 125 mil mensais), para suceder Márcio Cypriano: “Estou feliz aqui na Vale [R$ 448 mil por mês]” ....

VALDO ALBUQUERQUE

2 comentários:

Anônimo disse...

é, isso não passa na televisão, porque será?

Felipe Augusto disse...

Oras Língua, eles tem que fazer jus a sua "espertice" sobre a "idiotice" de "alguns" "funcionários".

 

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