O primeiro golpe foi desferido no final do mês passado, numa matéria do Kennedy Alencar que foi publicada pela Folha de São Paulo. Agora, foi a vez de José Edward, da Veja. E tudo ocorreu conforme as previsões deste Língua de Trapo que, mesmo diante de intensa propaganda do Palácio da Liberdade na mídia comprada de Belo Horizonte e das negativas do PSDB não hesitou, em momento algum, em prever a derrocada da candidatura presidencial de Aécio Neves pelo PSDB. E digo mais, em se concretizando este cenário, com Serra concorrendo à Presidência e Aécio ao Senado, vou atravessar a rua da minha casa, bater no portão do vizinho e cobrar a caixa de cerveja que apostei ainda no ano passado. E espero que seja logo, pois domingo é dia do clássico Atlético vs. Cruzeiro e, ao contrário de tucanos e de galistas aqui de Minas, eu quero molhar o bico.
VEJA Entrevista Fernando Pimentel
O ex-prefeito de Belo Horizonte conta como Lula o sondou para o ministério e diz que, se for para o governo, ajudará Dilma Rousseff a vencer a eleição presidencial de 2010
O ex-prefeito de Belo Horizonte Fernando Pimentel poderá ser o mais novo ministro do governo Lula. Ele foi sondado para chefiar o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social. Se confirmado, usará o posto para articular a campanha presidencial da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, sua companheira de luta armada nos anos 70. É um reforço de peso. Pimentel é uma das lideranças mais arejadas do PT. Administrou as contas da capital mineira por dezesseis anos – nove deles como secretário e sete como prefeito. Empreendeu um bom programa de obras, muitas delas em parceria inusitada com o governador tucano Aécio Neves. Aos 57 anos, deixou o cargo com 85% de aprovação. Com esse cacife, poderia ter tentado eleger um sucessor petista em Belo Horizonte. Preferiu, porém, aliar-se a Aécio para levar à vitória um afilhado de ambos, o socialista Marcio Lacerda (LEIA-SE PREFEITO LARANJA). A aliança enfureceu os dirigentes petistas, mas mostrou que PT e PSDB podem se entender em determinadas situações. Ele recebeu VEJA em seu escritório na capital mineira.
O presidente Lula o convidou para o ministério?
Não, mas há duas semanas, durante uma reunião no Palácio do Planalto e em um almoço no Alvorada, ele disse que quer me incorporar à sua equipe, provavelmente para uma função na área econômica.
Qual? A chefia do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social?
Acho que meu perfil se encaixa nessa função. Sou um economista com larga experiência administrativa e tenho bom trânsito junto aos sindicatos e ao empresariado.
Parte do PT mineiro tenta barrar seu ingresso no governo federal sob a justificativa de que o senhor entregou a prefeitura de Belo Horizonte a um aliado do PSDB.
A prerrogativa de nomear ministros é exclusiva do presidente da República. Quanto à prefeitura, ocorreu o contrário: ganhamos uma eleição que tinha tudo para ser perdida. O PT atravessava o que eu chamo de "síndrome da derrota". Fazia dezesseis anos que estávamos no poder e o risco de perder era real, pois enfrentaríamos um candidato do governador Aécio Neves, um líder fortíssimo. Em um segundo turno, seriam todos contra o PT. A candidatura do partido foi oferecida a Patrus Ananias (ministro do Desenvolvimento Social), o único que podia nos conduzir à vitória, mas ele não quis. Agora, fica aí se dizendo alijado. A aliança com Aécio permitiu eleger um candidato do nosso campo político.
Por causa dessa aliança, o senhor é acusado de só pensar em se viabilizar como candidato à sucessão de Aécio.
O discurso de 2010 é balela, mas reconheço que há uma divisão no PT. O que está em jogo no partido – não só em Minas, mas em todo o país – é mais complicado. De um lado estão aqueles que, como eu, querem que o PT incorpore a nova classe média, que veio à tona no governo Lula. Do outro, estão aqueles que querem que o PT continue a ser um partido de inspiração bolchevique. Essa gente ainda acredita que o sujeito tem de ler O Capital e rezar pela cartilha marxista-leninista para militar no PT. Um setorzinho xiita de Minas pensa assim e levou de roldão líderes como Patrus Ananias e Luiz Dulci (secretário-geral da Presidência). A maioria do partido e o presidente Lula não têm essa concepção estreita.
Mas, afinal, o senhor é candidato a governador de Minas Gerais?
Não posso dizer que sou, mas meu nome está colocado nessa disputa. Fui prefeito da capital, saí do cargo com um alto índice de aprovação e fiz meu sucessor. Mas minha candidatura depende da estratégia do partido para eleger o próximo presidente e da união do PT de Minas. Além disso, precisamos assegurar aos mineiros que não vamos desconstruir o que o governo Aécio fez de bom.
O candidato do PT não deve criticar Aécio?
Ou reconhecemos que ele faz uma boa gestão, ou chamaremos os mineiros de burros. Afinal, a maioria da população aprova seu governo. Da mesma forma que Aécio diz que, se for candidato a presidente, não será um anti-Lula, se eu for candidato ao governo de Minas, não serei um anti-Aécio.
O senhor diz que o projeto do PT em Minas deve se subordinar ao quadro nacional. Qual será ele?
Tudo indica que a disputa em 2010 se dará entre a ministra Dilma Rousseff e o governador (de São Paulo) José Serra.
O governador Aécio é uma carta fora do baralho?
A meu ver, o jogo está definido no ninho tucano. Aécio pressionará pela realização de prévias mais para preservar seu espaço do que por acreditar que elas ocorrerão. Esticará a corda, mas sabe que não tem mais espaço. As chances de Aécio ser candidato caíram sensivelmente depois que Geraldo Alckmin entrou na equipe de Serra. Serra uniu o PSDB em São Paulo, e o PSDB é um partido eminentemente paulista.
Aécio não pode ser candidato por outro partido?
Aécio é um homem público admirável, com trajetória para ser candidato por qualquer legenda, mas acho muito difícil que ele construa uma candidatura consistente fora do ninho tucano. PT e PSDB são, hoje, os dois únicos partidos com projeto nacional, e ele sabe disso, por ser dotado de um grande senso de realismo. Também não acredito que Aécio comporia uma chapa puro-sangue com Serra. É mais provável que dispute o Senado, para o qual tem eleição praticamente garantida. Dali, poderia articular sua própria candidatura em 2014 ou 2018.
A opção do PT por Dilma é definitiva?
Para o presidente Lula, são favas contadas. Não há plano B. Embora ele não tenha falado abertamente com a ministra sobre sua decisão, está empolgadíssimo. Diz que Dilma é a pessoa mais competente que passou pelo seu governo e também a que tem mais noção da complexidade do país. Tenho uma ligação antiga com ela. Por isso, Lula quer que eu o ajude nas costuras da candidatura presidencial da ministra.
Que vantagens Dilma teria em relação a Serra?
Ela conta com a bandeira dos avanços sociais do governo Lula. Na campanha, vamos ver se o Serra usou mesmo aquele orçamento extraordinário que São Paulo tem para melhorar os indicadores do estado. Além disso, sua visão do Brasil é muito paulista. Dilma é mineira com trajetória no Rio Grande do Sul. Olha o Brasil de forma mais abrangente. É comprometida com o país, eticamente irrepreensível, tem uma imensa capacidade de trabalho e demonstrou preparo ao colocar o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) para andar.
Até os aliados de Dilma dizem que lhe falta jogo de cintura. É verdade?
Ilude-se quem acha que ela não tem traquejo. A ministra já mostrou sua capacidade de se adequar a novas situações. Foi o que ocorreu quando passou do Ministério de Minas e Energia para a Casa Civil. De uma hora para outra, estava no olho do furacão, apagando os incêndios do escândalo do mensalão, uma das maiores crises já vividas pela República. Lidou com a imprensa, com parlamentares, coordenou grupos interministeriais e foi a relações-públicas do governo. Enfim, fez política e se saiu muito bem. Agora, está se adaptando ao figurino de candidata.
Não acho que ela tenha feito plástica só para ser candidata. Fez porque está bem consigo mesma e queria se sentir ainda melhor. A plástica realçou os melhores traços da ministra. Quanto aos óculos, só quero lembrar que eles já estiveram na moda. Tinham lá seu charme, sobretudo entre intelectuais e os militantes de esquerda. Só não vou dizer que ela ficou mais jovem. É perigoso falar da idade dos outros... Ainda mais se for mulher. Pode até virar contra mim...
Quais são as chances de o vice de Dilma vir do PMDB?
Seria muita pretensão dar palpite em um partido que não é o meu, mas temos de dar um crédito de confiança aos líderes do PMDB que são ministros do governo e que, até onde se sabe, trabalham para que seu partido marche com o nosso candidato em 2010. Por isso, diria que a chance é de razoável para boa. Mais do que isso, não diria. O PMDB tem muitas divisões.
Na semana passada, dois peemedebistas, Michel Temer e José Sarney, conquistaram as presidências da Câmara e do Senado. Que impacto isso pode ter em 2010?
Acho que o significado disso está sendo superestimado. O fato de o PMDB ter ganhado a Câmara e derrotado um petista (Tião Viana) no Senado não é o fim do mundo. Não será decisivo sequer para que o partido apoie esse ou aquele candidato em 2010. O PMDB é um condomínio de interesses regionais e dificilmente marchará unido na eleição presidencial, mesmo que indique o vice em uma das chapas.
Como o senhor, que militou em uma organização de extrema esquerda, avalia a decisão do governo de negar à Itália a extradição do terrorista Cesare Battisti?
Prefiro não comentar, até porque não conheço detalhes do processo. O que posso dizer é que a opção que a esquerda italiana fez pela luta armada foi um erro político crasso. A Itália não passou por uma ditadura como o Brasil. Aqui, nós nos envolvemos na luta armada porque enfrentávamos um governo ilegítimo, que tomou o poder à força. Podemos ter cometido um erro político, mas nossa ação era eticamente justificável. Na Europa, não. Lá, ninguém rasgou constituição. Optaram pela luta armada em um período de democracia, o que, por si só, é moralmente condenável. E, como não havia ditadura, é difícil distinguir crimes políticos de crimes comuns.
Ao tomar essa decisão, o Brasil questionou a legitimidade da Itália de julgar seus delinquentes?
É um exagero dizer isso. A França tomou uma decisão semelhante, ao negar a extradição de uma militante das Brigadas Vermelhas italianas. Brasil e França têm direito de conceder ou negar a extradição. E a Itália tem o direito de protestar.
A folha de pagamentos do governo tem inchado com aumentos salariais e a contratação de servidores. Isso põe em risco o equilíbrio fiscal?
Concordo que o aumento da folha é preocupante. Os reajustes salariais concedidos em 2008 terão impacto no equilíbrio fiscal. Não dá para ser generoso nesse campo. Mas a maior parte das contratações futuras ocorrerá por determinação do Ministério Público, para substituir funcionários terceirizados.
Se for confirmado no ministério, o senhor defenderá o socorro do governo a empresas em dificuldades?
Acho correta, sim, a liberação de recursos do BNDES para irrigar a economia real. Governos do mundo inteiro estão fazendo isso. O país correrá um risco muito maior se o governo deixar as empresas quebrarem apenas para manter a disciplina fiscal. O governo Lula foi o campeão na produção de superávits fiscais primários, mas o cenário mudou. Não podemos dar o mesmo remédio para doenças diferentes. Se as empresas quebrarem, os empregos sumirão. Quem reclama o tempo todo do gasto público esquece de mencionar que os juros são o maior item da despesa do governo.
O senhor está entre os que acham que o Banco Central demorou a baixar os juros?
A queda iniciada em janeiro poderia ter começado há três meses. O Banco Central errou um pouco no timing, mas não demonizo a instituição nem seu presidente, Henrique Meirelles. Sem o rigor deles, não teríamos hoje reservas de 200 bilhões de dólares para manejar a variação cambial e atravessar bem a crise. Mas o mais importante é que temos condições propícias para continuar a baixar os juros. Como me disse o presidente Lula, estamos ganhando o jogo e o Pelé ainda nem entrou em campo. Pelé, no caso, é uma metáfora futebolística para a redução dos juros, uma arma poderosa de que o país dispõe para enfrentar a crise.
ÓRGÃO PARA-OFICIAL DE IMPRENSA DO PALÁCIO DA LIBERDADE ACUSA O GOLPE.
Declaração provoca racha entre Pimentel e PSDB
Leonardo Augusto - Estado de Minas
Depois de caminharem de mãos dadas para eleger o prefeito de Belo Horizonte, Márcio Lacerda (PSB), o ex-prefeito da capital Fernando Pimentel (PT) e o governador Aécio Neves (PSDB) estão praticamente de caneta em punho para assinar o divórcio político. O motivo foi a declaração dada por Pimentel no fim de semana de que Aécio não será o candidato dos tucanos à Presidência da República em 2010, e que o governador de São Paulo, José Serra, disputará o cargo pelo partido no ano que vem.
O posicionamento de Pimentel jogou folhas para o alto no ninho tucano. O secretário-geral nacional do partido, deputado federal Rodrigo de Castro, disse que o ex-prefeito demonstrou completo desconhecimento do que ocorre no PSDB. "Essa não é a realidade do partido. Há a garantia de que Aécio pode ser posicionar como pré-candidato dentro da legenda e que, até o momento, não há nenhuma definição em relação a quem disputará o cargo pelo partido em 2010", declarou.
O parlamentar acrescentou que, "para uma pessoa que quer ter voo mais alto no estado, Pimentel está na contramão inclusive do sentimento dos mineiros, que, segundo pesquisas, querem ver Aécio na presidência", disse Rodrigo de Castro.
O parlamentar afirma que a tendência é a realização de prévias para definição do candidato e que a escolha interna só não ocorrerá se houver um acordo entre os dois pré-candidatos. "No cenário atual, o que existe é que ambos estão muito animados com a possibilidade de concorrer", afirmou.
Em meio às reações tucanas, um correligionário do governador com cargo no alto escalão do partido disse que Pimentel, ao se referir dessa forma a Aécio, quis mostrar serviço. "O ex-prefeito quer espaço no governo federal. Tudo bem, mas não precisa ganhar ponto lá detonando aqui", analisou. Pimentel é cotado para assumir posto em Brasília. Uma das possibilidades é a secretaria-executiva do Conselho Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (CNDES).
Para o primeiro-secretário da Câmara dos Deputados, Rafael Guerra (PSDB-MG), Pimentel "passou o carro na frente dos bois" ao opinar sobre o destino político do governador. O parlamentar disse ainda que as declarações do petista sinalizam ser de alguém que "precisa se aproximar do PT para ter um cargo no governo federal". O tucano afirmou também que Pimentel "não decide espaço no PSDB.
3 comentários:
Língua,
em complemento ao seu raciocínio de divórcio entre Pimentel e Aécio, já que o último não ia cumprir mesmo a promessa de apoio em 2010 e o primeiro agora que percebeu a fria em que entrou, vai aí meu comentário colocado no post dos Amigos da Presidente Dilma sobre a entrevista na Veja:
"A campanha para tentar salvar o "Tucano Vermelho" está a todo vapor, hein?
Que desespero perceber que o tiro saiu pela culatra, que não conseguiu enganar ao povo com a fajuta aliança com o PSDB, que ficou claro que a tal somente atendia aos seus interesses personalistas e carreristas!
Que vê os companheiros de partido e os seus ex-eleitores passarem do respeito e admiração para o desprezo e a decepção. Como pôde jogar fora uma promissora carreira política por egoísmo, egocentrismo, por não saber esperar a sua hora, por não querer correr risco nenhum. Quem se acha muito esperto...
Ver os tucanos controlando a prefeitura de BH, o PSDB passando a pautar a agenda política em BH e o governador "amiguinho" dando-lhe as costas para apoiar o Anastasia para 2010. Nada anormal! Os traidores merecem isto mesmo. Somente o povo de BH que não merecia.
Nem Lula, com a ajuda de Dirceu, vai salvar o mesmo do julgamento nas urnas. Quem queria ser governador vai acabar deputado federal, mas desmoralizado políticamente.
Até entrevista na Veja está conseguindo! Quanto será que custou? Sabemos que esta revistinha fascista não faz nada de graça. Será que o Aécio ajudou como recompensa por receber de presente a prefeitura de BH?
Logo após a eleição do fantoche do Lacerda, Pimentel correu nas rádios de BH para desesperadamente gritar que não tinha nenhum acordo com Aécio para 2010. Que a aliança era pontual com o PSDB/Aécio. Que somente fez porque achou normal, bonitinho e diferente se aliar ao partido rival de direita.
A emenda saiu pior que o soneto. Se não tinha acordo então o povo ficou ainda mais espantado. Para que então a tal aliança, se todos sabiam que se o PT indicasse um "poste vermelho" para candidato o mesmo seria eleito "com um pé nas costas"?.Ou não?
Como é falso e menospreza a inteligência alheia! Falar que ele conseguiu manter a prefeitura de BH para o PT é escárnio puro! O PT governava há 16 anos e com 75% de aprovação. Faria o sucessor com q.q vereador, deputado ou secretário. Se o Aécio/PSDB tentasse enfrentar o mesmo seriam fragorosamente derrotados, como sempre foram em BH nos últimos anos. Na melhor das hipótese confessa que é um político sem visão, fraco e covarde!
O "Roberto Freire Mineiro" acha que somos idiotas: se o seu queridinho aliado de conveniência era tão forte eleitor assim, como os dois grandes caciques juntos não conseguiram eleger o capacho do Lacerda no primeiro turno? Aécio nunca conseguiu eleger um vereador que apoiasse em BH. Nunca foi bom repassador de votos. Ainda mais em eleição municipal, que como vimos na última eleição, o repasse de outros nivéis governamentais não é uma boa estratégia eleitoral. O povo olha sim o perfil do candidato e se ele representa qual projeto político, por ex: será o continuador da boa administração do PT em BH há 16 anos? Com 75% de reeleição nas prefeituras em todo o país, logo o PT de BH, com taxa igual de aprovação não conseguiria eleger seu candidato natural? Ora, além de tudo tem o defeito dos políticos antigos e conservadores: faz pouco do discernimento alheio.
Em resumo: entregou uma vitória certa ao inimigo, visando exclusivamente ter o apoio do mesmo contra um adversário interno do PT ao governo de MG em 2010: Patrus Ananias, político querido em BH e MG pela coerência, competência e honestidade. Para tentar derrotar Patrus os stalinistas do PT Mineiro, Virgílio, Pimentel e a Camarilha do Dirceu tiveram a excelente idéia de fazer esta aliança, que certamente achavam que seria um golpe de mestre e que o povo iria adorar. Deu no que deu. O povo percebeu o oportunismo e a incoerência e somente venceram, no sufoco, devido à imensa fragilidade do adversário do PMDB no segundo turno. Então, dos males o menor.
A pergunta que não quer calar:
- por quanto foi entregue a prefeitura de BH? Se não tem acordo para 2010, se esta história de que o PT iria perder a prefeitura nem criança acredita, então o que podemos deduzir, já que ninguém é bobo de entregar vitória certa a troco de nada, não é mesmo? Nem um cara igual ao Pimentel."
Língua,
ponderando melhor as suas especulações sobre o divórcio da dupla dinâmica e o teor mais detalhado da entrevista, poderemos acrescentar ao parágrafo abaixo mais uma hipótese:
Ao invés de somente:
"Até entrevista na Veja está conseguindo! Quanto será que custou? Sabemos que esta revistinha fascista não faz nada de graça. Será que o Aécio ajudou como recompensa por receber de presente a prefeitura de BH?"
Poderia ser acrescido também de:
"Ou será que foi com a ajuda do Serra, que esta revista apóia descaradamente, que assim resolveu implantar a discórdia na suposta Aliança mineira, com o Pimentel jogando o veneno das poucas chances de Aécio na convenção tucana, em troca de sua exposição neste veículo nefasto mas de grande circulação?"
Espero sua opinião.
Um abraço
Olá Márcio, esse Pimentel pode enganar quem quiser, menos a você e a mim. Fico feliz por saber que não estou sozinho nesta. Confesso que eu tenho andado com uma certa preguiça de escrever, mas farei um esforço para expor o que penso desse senhor e, mais uma vez, seu comentário vai virar postagem aqui no Língua de Trapo. Estou certo que a diferença de pensamento que há entre nós é só futebolística, (vai dar nós de novo no domingo) pois no aspecto político convergimos muito bem e, sabemos nomear todos os canalhas que temos por aqui, um a um.
Abraços
Luiz Moura
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