AÉCIO & SERRA - SEM AS PRELIMINARES, TUCANO AÉCIO SE RECUSA A ACASALAR PARA 2010

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"Quem disse que as preliminares têm de se restringir a alguns beijos e amassos? As suas podem ir muito além disso. Só que, para tornar os momentos a dois ultraquentes, não há outra forma: você vai precisar da cumplicidade do seu amor." Dra. Elaine Marini


Aécio e Serra selam união para campanha de 2010

RECIFE - Os governadores tucanos Aécio Neves e José Serra (São Paulo) aproveitaram ontem à noite o lançamento de um livro em Recife para dar uma demonstração pública de união do partido, dividido entre as duas pré-candidaturas à Presidência da República. No lançamento de “Daquilo que eu sei”, do ex-ministro da Justiça Fernando Lyra, num shopping no Recife Antigo, eles chegaram e saíram juntos, antes de participarem de um encontro na sede do PSDB com deputados e vereadores de partidos de oposição ao Governo Lula.

Aécio, cujo avô Tancredo Neves é a figura central do livro de Lyra, sobre o período da transição democrática, atrasou o desembarque para chegar praticamente junto com Serra ao Aeroporto de Recife. Serra, por sua vez, usou até uma frase de efeito para ilustrar a união com o colega mineiro.

“Olha, gente, se alguém me ver com o dedo no olho do Aécio é que estou tirando um cisco”, afirmou Serra, apontando o dedo indicador em direção aos olhos de Aécio.
Em discurso no lançamento do livro, Serra disse que os tucanos estão unidos: “A unidade no PSDB já existe. Não é que não existia e passou a existir”.

Quase em uníssono, os dois adaptaram um velho ditado popular. “Não dizem que quando um não quer, dois não brigam? Quando dois não querem, dois não brigam”, afirmou Serra.

Serra reafirmou que não tem divergências com o mineiro. “ A divergência com o Aécio é zero. Há muito folclore “,disse Serra. “Posso até ter uma diferença de nuance em um ou outro tema, mas o PSDB vai estar unido nas eleições. Eu e Serra vamos estar unidos em 2010, para desconforto e desencanto de alguns. No que depender de mim”, afirmou Aécio.

“É cedo ainda (para tratar da campanha de 2010). Temos muito tempo pela frente. Não convém toda essa intensificação” disse Serra, em seguida. Aécio defendeu a construção de uma grande aliança com outros partidos e citou a necessidade de um gesto de desprendimento do PSDB. Chegou a sugerir a inclusão, nessa aliança, do PSB do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, como ocorre em Minas com o prefeito de BH, Marcio Lacerda.

"O casal deve combinar como fazer as coisas... ensinar ao parceiro como gosta... onde tocar... para subir as paredes ...".

Acordo de procedimentos vai minimizar divergências
Sidney Martins - Hoje em Dia

Independentemente de quem venha a ser o candidato do PSDB à sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, os governadores de Minas, Aécio Neves, e de São Paulo, José Serra, vão estabelecer um “acordo de procedimentos” para minimizar daqui para frente, perante a opinião pública, as divergências internas e assegurar, no futuro, que o partido possa caminhar unido em torno de uma candidatura própria.

Neste sentido, o governador recomendou como sendo “muito importante” que haja “cautela” nas declarações. “Porque, obviamente, por mais bem intencionada que possa ser, uma declaração descontextualizada de um lado leva a uma resposta de outro que não é adequada.

O que queremos é tirar um pouco essas nossas divergências da imprensa. É natural que elas existam, internamente. Mas o importante e o que pretendemos é sinalizar para a população uma unidade do partido”, enfatizou. A ideia foi amadurecida em várias conversas ocorridas no final da semana passada em São Paulo e confirmada ontem, em Belo Horizonte, pelo governador mineiro antes de embarcar para Recife (PE), onde se encontraria com o concorrente, o governador paulista para, juntos, cumprirem uma série de eventos políticos.

“Acho que esta é uma boa largada (Aécio e Serra justos em Recife). É uma boa forma de nós demonstramos que, mesmo com eventuais divergências com relação a processos internos, temos compromisso com a unidade do partido. Portanto, uma sinalização muito positiva. Se depender de mim, se estenderá a outras regiões do país”, afirmou Aécio, no Palácio da Liberdade, pouco antes de embarcar para Recife, em uma aeronave custeada pelo PSDB nacional, segundo o governador. Antes de viajar, Aécio disse que voltou a conversar por telefone com Serra, que estaria “bastante animado” com a viagem a Pernambuco.

Para o mineiro, ao aceitar o convite para a viagem - a ideia havia sido lançada por Aécio ainda em fevereiro - Serra dá uma resposta “clara” àqueles que “ainda insistem em apostar num racha, numa divisão partidária”. “É um ótimo começo para este nosso projeto”, sustentou Aécio. Na verdade, o convite para que Serra estivesse em Recife foi reforçado no final da semana passada em São Paulo pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que esteve - almoçou e jantou - em ocasiões distintas, com ambos.

No almoço com FH, inclusive, Aécio admitiu que teve “oportunidade” de “superar algum mal-entendido”. “Tenho pelo presidente Fernando Henrique, além de uma admiração enorme, uma amizade pessoal muito grande. Estas coisas (divergências) estão superadas”, disse.

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