A FESTA DA TIA HEBE - POR HUMBERTO AMADEU

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O augusto líder dos homens bons de São Paulo, futuro do
Brasil, e uma da melhores damas do estado, não se
furtaram em prestigiar a festa.



Em noite de gala, parte boa da sociedade paulistana se reune para mimar sua dama maior

O convite chegou às mãos do professor, que examinou-o atentamente. As letras bordadas em dourado diziam: “Ao nobilíssimo professor Hariovaldo Prado”. Um brasão adornava o envelope cor de salmão. Remetente: a decana apresentadora de um influente programa de auditório cujos convidados são a nata de nossa sociedade, Hebe Camargo.

Apesar de preferir a paz e a tranquilidade de seu retiro, o professor não esboçou quaisquer dúvidas. O traje costumeiramente utilizado em eventos de grande importância, como a posse de FHC e George Bush, e a passeata do “Cansei”, estava pronto. O helicóptero nos apanharia às 17:00 hs.

Quando o mordomo anunciou a chegada do professor Hari Prado, todos se dirigiram aos jardins da mansão no Jardim Europa, onde ocorreram os festejos. Todos quiseram ser o primeiro a cumprimentar o professor, mas a honra coube, obviamente, à aniversariante. Que disse, entre outras gentilezas e rapapés, que a melhor coisa em se celebrar seus aniversários é a presença de nosso Mestre.

Velhos conhecidos das lutas cristãs e democráticas estavam no evento: João Dória Jr. ( que presenteou Hebe com uma bela e valiosíssima escultura feita por sua esposa Bia, a reproduzir fielmente aquela que, doada pelo casal para adornar uma praça paulistana - em substituição a um busto que homenageava um jornalistazinho comunista qualquer - foi retirada do local pela Prefeitura, após pressão exercida pela mídia lulista comprada ), Ivete Sangalo ( fabulosa cantora e formosa ativista política ), Ana Maria Braga e seu marido ( quadro técnico da mais pura excelência e fiel escudeiro de nosso prefeito-gestor, o varão Kassab ), entre outros.

Os convidados de honra além de - evidentemente - o professor Hariovaldo, foram o nosso grande líder varonil José Serra e exsa. esposa Mônica, que se divertiram como nunca. A primeira valsa da noite se deu quando Hebe tirou o professor Hariovaldo para a dança. Ele, que se notabilizou pela leveza e elegância com que flana pelo salão - fama essa adquirida nos bailes dos clubes militares na época da Redentora, e nos eventos festivos do direito uspiano - fez Hebe deslizar graciosamente, para deleite dos espectadores, que aplaudiram e chacoalharam as jóias febrilmente em reconhecimento ao talentoso casal de bailarinos.

Não entrarei em maiores detalhes quanto ao buffet. Basta dizer que os convivas tiveram à sua disposição as delícias fornecidas pelas empresas que fornecem a merenda às escolas da rede municipal paulistana. Coisa da melhor qualidade. Deliciosas e tenras carnes, fornecidas pela fazenda de nosso Farol FHC abrilhantaram o lauto jantar.

A diversão ficou por conta da formosa irmã Ivete Sangalo. Um DJ também fez “ferver” a pista. Momento cômico: um engraçadinho anônimo proferiu um enigmático “Toca Raul”, e o DJ não deixou por menos e, em deferência a nossa anfitriã, fez os convivas delirarem com o hit do ex-parceiro do nosso internacionalmente reconhecido escritor e membro da Academia, Paulo Coelho, a canção “Eu nasci, há dez mil anos atrás”. Hebe chegou às lágrimas, que não cessaram tão cedo, já que Julio Iglesias também dedicou várias de suas canções à veterana apresentadora e ativista política, famosa por sua batalha em prol da democracia, da família, da honestidade nas contas públicas e da qualidade da televisão brasileira. Ela, que viveu uma época em que o rádio, a TV, as revistas e jornais e o gramofone não serviam de instrumento para a disseminação da perigosa doutrina bolchevista-leninista, como ocorre hodiernamente, ainda batalha na trincheira dos homens e mulheres exemplares da Nação.

Não podia deixar de mencionar: o usurpador-mor teve a ousadia de comparecer ao evento. Um convite lhe foi enviado apenas por questão de boa educação e ele, que não dispõe disso, surgiu no local. As pessoas se afastavam de sua atroz figura, como quem foge de cobertores contaminados com a varíola. Vendo que sua situação periclitava, o apedeuta usurpador se retirou, não sem antes ser revistado NA SAÍDA da mansão. Não conseguiu nem mesmo subtraír da festa uma garrafa de uísque. Que audácia desse cidadão.

Após longo discurso, em que exaltou seu maravilhoso e progressista governo, nosso líder varonil José Serra chamou nosso mestre Hariovaldo para discursar perante a platéia de celebridades e figuras destacadas de nossa sociedade.

Em apenas 3 minutos, nosso Mestre orador conclamou os homens e mulheres cristãos da Nação a resistir ao assédio vermelho e à maldita infiltração marxista em nossa Nação e obteve êxito. Cada homem e mulher ali sentiu o sangue em ebulição. O brilho em seus olhos denotava patrotismo e fé. Os dias do usurpador estavam contados. A reação se fortalecia.

Apesar de um evento festivo sem conotação político-partidária, não houve como não convidar àqueles pilares da sociedade a ação democrática imediata, contra a malta revolucionária que levou a Nação ao caos e à desordem. Findo o discurso, Hariovaldo convidou a todos a orarem à São Serapião. Um silêncio respeitoso invadiu o local. Senhoras da sociedade, fervorosas seguidoras de São Serapião se debulharam em lívidas lágrimas.

Terminada a oração, a OSESP executou um minueto em SI BEMOL, enqunto todos se retiravam lentamente, em êxtase silencioso e divino.

3 comentários:

prof. Rusinelson disse...

Infelizmente, aqui no Rio de Janeiro, terra infestada de comunistas mulatos e partideiros, não temos há muito tempo uma festa de qualidade, bom gosto e quilate comparável ao descrito acima. Que inveja dos ilustres paulistanos!...

Lingua de Trapo disse...

Caro Rusi, nem aqui em Minas, afinal, somos todos toscos.

Unknown disse...

Tia Hebe movimentou SP...Luiz, o rusi não deve lamentar. Aqui no RJ, todo final de semana em várias favelas mandam ver no FUNK.Meninas lindas em busca de...e meninos com AR-15 afrontando a polícia que nada faz.Corrigindo, só monitorando de longe para recolher o lucro pela manhã. Pode?

Abr.

 

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