E os Mineiros continuam os mesmos, fingindo que nada disso existe!
Reproduzo a seguir texto enviado a este blogueiro, declarado desafeto do "jeito tucano de governar" e do farsante que usurpa a boa fé do incauto (caberia melhor "tapado") povo mineiro. Desde já agradeço à Débora Prado, do Procult MG, a honra de poder divulgar em nosso humilde blog este conteúdo mas, devo antecipar à querida leitora que nada disto para mim é novidade, pois trabalhei por longos 14 anos numa empresa pública mineira e, tudo o que é relatado no referido texto foi, para mim, como se fosse uma recordação daqueles anos. Nada mudou, Minas continua a mesma merda e, nesse momento, resta-me convocar meu amigo Totó para dar o seu recado.
A ROUPA INVISIVEL DO REI
Prezados colegas, hoje foi meu último dia na SEE, estou de saída....vida nova É justo explicar algumas coisas.... procurarei ser o mais fidedigno possível....quero evitar mal entendido!!! Desembarquei, aqui nesta “estação” em Outubro de 2007, motivado por um companheiro de peteca e bem mais por uma curiosidade sobre o que seria trabalhar no Estado, em particular na Secretaria de Educação. O fato de minha mãe ter trabalhado na SEE, dos anos 30 aos 70 e de termos sidos proprietários de uma Escola (Doamos nossa Escola mas, ela ainda funciona desde 1952) que abrigava muitos professores e centenas de alunos, todos os anos por mais de 30 anos, foi determinante em aceitar o cargo de Diretor de Recursos Tecnológicos, a DTEC. Já trabalhei mais de 40 anos em muitas empresas, sendo cinco de grande porte: ETRA, SERPRO, BR, PETROBRÁS (25) e nos últimos anos na SEE, a pior de todas as mencionadas. Nestes 40 anos, sendo 15 como fiscal de contratos, em nenhum momento participei, contribui ou permiti a ocorrência de ilícitos. É um dever cívico MÍNIMO de qualquer cidadão. Os funcionários envolvidos em falcatruas deveriam ser sumariamente demitidos por justa causa, indiciados e presos.
O cenário, aqui na Secretaria de Educação, é ESTARRECEDOR - assiduidade baixa, marcação “falsa” de ponto, alienação e desmotivação, morosidade excessiva, comércio interno feito por funcionários, utilização dos recursos em beneficio próprio por profissionais da casa, má utilização de recursos, urgência desnecessária, falta de procedimentos e planejamento coordenado, reuniões improdutivas e, foi o único local onde pude constatar rumores comprováveis de ilicitudes e beneficiamento do alheio, tão próximos. Os gestores no afã de permanecerem nos cargos compactuam, toleram compassivamente as idéias e soluções impostas de má qualidade, contratação de serviços sem compromisso com custos e prazos e os interesses da empresa sendo manipulados por dirigentes e consultores externos. Falta de fiscalização rigorosa de contratos e inexigibilidade encobrindo a incompetência. Realmente é um quadro desalentador para um gestor novato na casa. Como poderemos formar novos gestores isentos neste clima?
Serão necessários mais 500 anos para que consigamos extirpar a genética dos espertalhões que se intitulam otimizadores do Estado e apenas desviam valores e benefícios para seus indicados, com a complacência das gerencias despreparadas? Milton Friedman, em seu livro “Capitalismo e Liberdade” restringe a atuação do Estado a apenas Certificação e nada mais. A falta de visão do lucro e a certeza que o orçamento será coberto pelas verbas oriundas dos impostos induzem a má administração dos serviços e dos recursos financeiros? Ou será falta de personalidade gerencial? O “Gerente de verdade” veste a camisa, defende os interesses da empresa e não de pessoas, grupos e afetos, delega problemas, sabe o que é PDCA, planejamento estratégico, missão, objetivos, metas, áreas de atuação, orçamentos, projetos, capital intelectual e principalmente comunicação empresarial entre gerentes.
Ao chegar na DTEC, me deparei com um ambiente sujo, desorganizado, improdutivo, pessoas anestesiadas, descrentes e reativas, na certeza de receber mais um Diretor Pára-quedista para determinar suas próximas ações. Eu temia que a diferença etária entre o chefe e os colegas pudesse dificultar uma transformação positiva. Para minha surpresa, a recepção das idéias e o progresso da maturidade da Equipe DTEC se deu com a velocidade da Luz. Todo o ambiente está diferente e percebo nos olhos deles, o brilho da satisfação com as metas que criamos e estão descritas em nosso Portal HTTP://portal.educacao.mg.gov.br . Não são os baixos salários que amarrotam as pessoas, é a baixa estima e a falta de compreensão dos seus problemas. Provavelmente a inexistência de uma orientação administrativa séria, focada e inteligente!!!!
Nada ofereci à Equipe DTEC além de amizade, promover um ambiente limpo e organizado, desafios, auto-desenvolvimento, valorização pessoal, um misero aumento salarial e uma orientação pura e cristalina. Hoje estou orgulhoso de ver que todos, sem exceção, assumiram uma fatia considerável de responsabilidade e zelo pelos serviços informáticos da Secretaria de Educação. E poderíamos ter feito muito mais, não fosse a falta de determinação dos dirigentes somada à incompreensão de outros. A DTEC atendeu ou promoveu o atendimento de todas as solicitações recebidas. O upgrade de qualidade dos softwares desenvolvidos é notório e demonstrável. Até os prazos melhoraram. Curiosamente, foi a única empresa onde encontrei produtos e serviços terceirizados de qualidade inferior, de custo superior e de prazo mais longo. Eureka! Trocar um Linux gratuito com suporte mundial multilingüe, por um Linux proprietário, pago CARÍSSIMO, de pior qualidade. Recusar uma proposta Microsoft Windows7+Office7 com seguro e capacitação permanente em um contrato educacional de custo BAIXÍSSIMO. Loucura gerencial. A Secretaria de Educação faz esta opção todos os anos, bypassando o parecer técnico contrário da DTEC utilizando-se de inexigibilidade. Não conseguimos reverter esta decisão. E tem muito mais nos outros contratos terceirizados de TI, custos elevados e benefícios parcos. Os softwares terceirizados Sigespe e Simade de custo elevadíssimo serão dois elefantes brancos e exigirão muito esforço ainda para sua adequação. Ficarão obsoletos antes de funcionarem. O tempo dirá.
As melhorias introduzidas pela DTEC foram tantas que fica difícil descrevê-las. Observem o Datacenter administrado remotamente pela DTEC, não falhou um único dia desde sua implantação em 11/07/2008. Neste dia implantamos quase 7000 contas de correio, em um único dia, software livre RoundCubemail customizado pela DTEC. O site da SEE antigo, terceirizado, só dava problemas, migramos para o Joomla, feito pela Prodemge, e hoje já implantamos um monte de sites de Regionais e Diretorias por nossa própria conta, o novo ambiente de EAD em Moodle, prontinho para os novos projetos, o novo Blog em Wordpress, show da DTEC sem nenhum recurso terceirizado. Entretanto o site do CRV continua enrolado e com um padrão terceirizado antiquado. Mas migramos o CRV para o novo Datacenter, máquina melhor e mais adequada, servidor administrado pela DTEC. O CRV ainda não foi migrado para o Joomla por quê? Agarrado na Terceirização! E os novos sistemas em Scriptcase? Com certeza serão melhores que os terceirizados! Já viram as tecnologias que a DTEC escolheu para 2010, FlexBuilder, RubyonRails, Amfphp, Weborb? Vejam o modelo no portal, em Aplicativos. Já viram o Laboratório Thinclient Ubuntu, o Servidor Multifuncional RedHat, knowhow DTEC. E os Sistemas novos do Portal de Aplicativos: Sysadp, Syscae, Syshld, Sysprg, Sysprm, Sysaut, Syscaj,...e muitos outros. Tudo que fizemos foi com os recursos da Equipe sem novas terceirizações exceto em alguns casos da Prodemge. A Prodemge carece de uma fiscalização mais aperfeiçoada, pois não corresponde claramente aos anseios da SEE. A falta de um acompanhamento mais gerencial não impediu que obtivéssemos demandas importantes tais como o Datacenter e as manutenções dos sistemas de efetivação e atendimento escolar, e agora o novo Ponto Eletrônico WEB configurado pela DTEC. Não utilizamos consultores externos!
Chegamos ao dilema final! A manutenção da Equipe DTEC não será viável devido aos baixos salários e alto turn-over. Continuar com esta Terceirização pulverizada com empresas de pequeno porte e experiência vai levar ao CAOS informático, se já não levou. Honestamente, a melhor solução GERENCIAL que me ocorreu, seria transferir a Equipe DTEC para a PRODEMGE, mantendo-se exclusividade da SEE e QUARTEIRIZAR a Fiscalização contratual da Prodemge para uma Empresa especializada extinguindo-se todos os demais terceiros na área de TI. Acho que o cerne do problema de TI da SEE está na falta de parâmetros contratuais rigorosos, cláusulas de multas, marcos de projeto, somados à uma fiscalização ISENTA.
Por estas e outras razões encerro meu ano letivo nesta “estação”, continuarei pagando meus impostos e que outro conserte esta Torre de Babel Terceirizada. Despeço-me com estas palavras tiradas da experiência adquirida ao longo destes 40 anos de trabalho saudável. São palavras para despertar a consciência e a reflexão dos que as lerem, despertando-os para o seu importantíssimo papel gerencial e de coordenação de pessoas, principalmente os jovens.
Peço desculpas por alguma rigidez de minha parte e por não me despedir pessoalmente de cada um daqueles que estiveram juntos, aos nossos desafios, nestes anos na DTEC. Saio com a minha curiosidade satisfeita sobre a realidade do Estado, ainda 30 anos atrasada em relação ao meio empresarial moderno e contaminada por profissionais perniciosos e improdutivos. E como minha mãe sempre dizia: “O Estado é uma merda. Terreno baldio”. Confirmado! (grifo do Língua)
O cenário, aqui na Secretaria de Educação, é ESTARRECEDOR - assiduidade baixa, marcação “falsa” de ponto, alienação e desmotivação, morosidade excessiva, comércio interno feito por funcionários, utilização dos recursos em beneficio próprio por profissionais da casa, má utilização de recursos, urgência desnecessária, falta de procedimentos e planejamento coordenado, reuniões improdutivas e, foi o único local onde pude constatar rumores comprováveis de ilicitudes e beneficiamento do alheio, tão próximos. Os gestores no afã de permanecerem nos cargos compactuam, toleram compassivamente as idéias e soluções impostas de má qualidade, contratação de serviços sem compromisso com custos e prazos e os interesses da empresa sendo manipulados por dirigentes e consultores externos. Falta de fiscalização rigorosa de contratos e inexigibilidade encobrindo a incompetência. Realmente é um quadro desalentador para um gestor novato na casa. Como poderemos formar novos gestores isentos neste clima?
Serão necessários mais 500 anos para que consigamos extirpar a genética dos espertalhões que se intitulam otimizadores do Estado e apenas desviam valores e benefícios para seus indicados, com a complacência das gerencias despreparadas? Milton Friedman, em seu livro “Capitalismo e Liberdade” restringe a atuação do Estado a apenas Certificação e nada mais. A falta de visão do lucro e a certeza que o orçamento será coberto pelas verbas oriundas dos impostos induzem a má administração dos serviços e dos recursos financeiros? Ou será falta de personalidade gerencial? O “Gerente de verdade” veste a camisa, defende os interesses da empresa e não de pessoas, grupos e afetos, delega problemas, sabe o que é PDCA, planejamento estratégico, missão, objetivos, metas, áreas de atuação, orçamentos, projetos, capital intelectual e principalmente comunicação empresarial entre gerentes.
Ao chegar na DTEC, me deparei com um ambiente sujo, desorganizado, improdutivo, pessoas anestesiadas, descrentes e reativas, na certeza de receber mais um Diretor Pára-quedista para determinar suas próximas ações. Eu temia que a diferença etária entre o chefe e os colegas pudesse dificultar uma transformação positiva. Para minha surpresa, a recepção das idéias e o progresso da maturidade da Equipe DTEC se deu com a velocidade da Luz. Todo o ambiente está diferente e percebo nos olhos deles, o brilho da satisfação com as metas que criamos e estão descritas em nosso Portal HTTP://portal.educacao.mg.gov.br . Não são os baixos salários que amarrotam as pessoas, é a baixa estima e a falta de compreensão dos seus problemas. Provavelmente a inexistência de uma orientação administrativa séria, focada e inteligente!!!!
Nada ofereci à Equipe DTEC além de amizade, promover um ambiente limpo e organizado, desafios, auto-desenvolvimento, valorização pessoal, um misero aumento salarial e uma orientação pura e cristalina. Hoje estou orgulhoso de ver que todos, sem exceção, assumiram uma fatia considerável de responsabilidade e zelo pelos serviços informáticos da Secretaria de Educação. E poderíamos ter feito muito mais, não fosse a falta de determinação dos dirigentes somada à incompreensão de outros. A DTEC atendeu ou promoveu o atendimento de todas as solicitações recebidas. O upgrade de qualidade dos softwares desenvolvidos é notório e demonstrável. Até os prazos melhoraram. Curiosamente, foi a única empresa onde encontrei produtos e serviços terceirizados de qualidade inferior, de custo superior e de prazo mais longo. Eureka! Trocar um Linux gratuito com suporte mundial multilingüe, por um Linux proprietário, pago CARÍSSIMO, de pior qualidade. Recusar uma proposta Microsoft Windows7+Office7 com seguro e capacitação permanente em um contrato educacional de custo BAIXÍSSIMO. Loucura gerencial. A Secretaria de Educação faz esta opção todos os anos, bypassando o parecer técnico contrário da DTEC utilizando-se de inexigibilidade. Não conseguimos reverter esta decisão. E tem muito mais nos outros contratos terceirizados de TI, custos elevados e benefícios parcos. Os softwares terceirizados Sigespe e Simade de custo elevadíssimo serão dois elefantes brancos e exigirão muito esforço ainda para sua adequação. Ficarão obsoletos antes de funcionarem. O tempo dirá.
As melhorias introduzidas pela DTEC foram tantas que fica difícil descrevê-las. Observem o Datacenter administrado remotamente pela DTEC, não falhou um único dia desde sua implantação em 11/07/2008. Neste dia implantamos quase 7000 contas de correio, em um único dia, software livre RoundCubemail customizado pela DTEC. O site da SEE antigo, terceirizado, só dava problemas, migramos para o Joomla, feito pela Prodemge, e hoje já implantamos um monte de sites de Regionais e Diretorias por nossa própria conta, o novo ambiente de EAD em Moodle, prontinho para os novos projetos, o novo Blog em Wordpress, show da DTEC sem nenhum recurso terceirizado. Entretanto o site do CRV continua enrolado e com um padrão terceirizado antiquado. Mas migramos o CRV para o novo Datacenter, máquina melhor e mais adequada, servidor administrado pela DTEC. O CRV ainda não foi migrado para o Joomla por quê? Agarrado na Terceirização! E os novos sistemas em Scriptcase? Com certeza serão melhores que os terceirizados! Já viram as tecnologias que a DTEC escolheu para 2010, FlexBuilder, RubyonRails, Amfphp, Weborb? Vejam o modelo no portal, em Aplicativos. Já viram o Laboratório Thinclient Ubuntu, o Servidor Multifuncional RedHat, knowhow DTEC. E os Sistemas novos do Portal de Aplicativos: Sysadp, Syscae, Syshld, Sysprg, Sysprm, Sysaut, Syscaj,...e muitos outros. Tudo que fizemos foi com os recursos da Equipe sem novas terceirizações exceto em alguns casos da Prodemge. A Prodemge carece de uma fiscalização mais aperfeiçoada, pois não corresponde claramente aos anseios da SEE. A falta de um acompanhamento mais gerencial não impediu que obtivéssemos demandas importantes tais como o Datacenter e as manutenções dos sistemas de efetivação e atendimento escolar, e agora o novo Ponto Eletrônico WEB configurado pela DTEC. Não utilizamos consultores externos!
Chegamos ao dilema final! A manutenção da Equipe DTEC não será viável devido aos baixos salários e alto turn-over. Continuar com esta Terceirização pulverizada com empresas de pequeno porte e experiência vai levar ao CAOS informático, se já não levou. Honestamente, a melhor solução GERENCIAL que me ocorreu, seria transferir a Equipe DTEC para a PRODEMGE, mantendo-se exclusividade da SEE e QUARTEIRIZAR a Fiscalização contratual da Prodemge para uma Empresa especializada extinguindo-se todos os demais terceiros na área de TI. Acho que o cerne do problema de TI da SEE está na falta de parâmetros contratuais rigorosos, cláusulas de multas, marcos de projeto, somados à uma fiscalização ISENTA.
Por estas e outras razões encerro meu ano letivo nesta “estação”, continuarei pagando meus impostos e que outro conserte esta Torre de Babel Terceirizada. Despeço-me com estas palavras tiradas da experiência adquirida ao longo destes 40 anos de trabalho saudável. São palavras para despertar a consciência e a reflexão dos que as lerem, despertando-os para o seu importantíssimo papel gerencial e de coordenação de pessoas, principalmente os jovens.
Peço desculpas por alguma rigidez de minha parte e por não me despedir pessoalmente de cada um daqueles que estiveram juntos, aos nossos desafios, nestes anos na DTEC. Saio com a minha curiosidade satisfeita sobre a realidade do Estado, ainda 30 anos atrasada em relação ao meio empresarial moderno e contaminada por profissionais perniciosos e improdutivos. E como minha mãe sempre dizia: “O Estado é uma merda. Terreno baldio”. Confirmado! (grifo do Língua)
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