Do portal UOL
Os colombianos votaram, neste domingo, para renovar seu Congresso para o período 2010-2014, em um dia com poucas ações da guerrilha, embora observadores eleitorais tenham denunciado inquietantes flagrantes de compra de votos.
A contagem de votos, feita manualmente, avança lentamente e ainda não se informou qual foi a taxa de participação, que os analistas calculam em torno de 40%.
Segundo pesquisas de opinião, os partidários da coalizão governista apareciam como favoritos nestas eleições, que marcarão as presidenciais que serão celebradas em dois turnos em 30 de maio e 20 de junho.
Quase 30 milhões de pessoas estavam registradas para eleger 102 senadores e 166 representantes para a Câmara no período 2010-2014.
Os colombianos renovarão, assim, um dos Parlamentos mais salpicados por escândalos dos últimos anos, com praticamente um terço de seus legisladores investigados por vínculos com grupos paramilitares, dos quais 12 foram condenados.
Nas eleições foram escolhidos, ainda, cinco deputados para o Parlamento Andino, e os partidos Conservador (situação) e Verde fizeram consultas internas para escolher seu candidato às presidenciais de maio.
A autoridade eleitoral espera divulgar os resultados destas eleições por volta das 22h00 locais (00h00 de Brasília) deste domingo.
A missão de observação eleitoral da Organização de Estados Americanos (OEA) expressou preocupação com a suposta compra de votos em várias regiões do país.
"Observamos um processo eleitoral sem grandes perigos ou sobressaltos. No entanto, nos inquieta a compra de votos ocorrida em vários pontos", disse à AFP o chileno Enrique Correa, chefe da missão de observadores.
"Nossos delegados observaram que pessoas da terceira idade e portadores de necessidades especiais foram induzidos a votar em um candidato em particular. Vimos também dinheiro sendo distribuído e o oferecimento de lanches em troca de votos", acrescentou.
A organização colombiana Missão de Observação Eleitoral (MOE), que enviou observadores a 26 dos 32 departamentos (estados), denunciou "uma compra de votos maciça", declarou a Pedro Santana, membro de sua junta diretiva.
"O constrangimento (ao voto forçado) diminuiu, mas mudou para uma compra e venda maciça com dinheiro do narcotráfico", declarou Santana, que atribuiu a autoria destas irregularidades a grupos armados ilegais que devivaram dos paramilitares.
Para a polícia, este dia de eleições foi "o mais tranquilo" dos últimos 25 anos. No entanto, as autoridades informaram a desativação de dois carros-bomba, um no sábado e outro no domingo, supostamente instalados pela guerrilha das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), bem como de outros explosivos.
Na noite de sábado, um suboficial do Exército morreu e outros dois militares ficaram feridos em um confronto com guerrilheiros das esquerdistas Farc.
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