E AGORA JOSÉ?

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Para sair da saia justa em que se meteram manipulando pesquisas de intenção de votos, tablóide DemoSerrista e o seu Datafoda-se, acusam propaganda petista pela ascensão de Dilma Rousseff.

Tá bom, mas como se explica a queda vertiginosa de José Serra?




Dilma sobe 7 pontos e empata com Serra, aponta Datafolha

FERNANDO RODRIGUES
da Sucursal de Brasília


A pré-candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, atingiu sua melhor marca até hoje numa pesquisa Datafolha e está empatada com José Serra (PSDB). Ambos estão com 37%.

O levantamento foi realizado ontem e anteontem com 2.660 entrevistas. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.

Marina Silva (PV) aparece com 12%. Os que votam em branco, nulo ou em nenhum somam 5%. Indecisos são 9%.

Na comparação com a última pesquisa Datafolha, realizada em 15 e 16 de abril, Dilma teve uma alta de sete pontos percentuais --de 30% para 37%. Já Serra caiu cinco pontos, saindo de 42% para os mesmos 37%.

Essa é a primeira vez que ambos aparecem empatados no Datafolha, que traz outros números positivos para a petista.


TV e Lula

"O principal fato que pode ser apontado como responsável por essa alta da candidata é o programa partidário de TV que o PT apresentou recentemente", diz Mauro Paulino, diretor-geral do Datafolha.

Na semana passada, o PT foi à TV com vários comerciais de 30 segundos e com seu programa mais longo, de dez minutos. A estrela dessa investida de marketing foi Dilma Rousseff, com Lula como cabo eleitoral.

Na pesquisa espontânea, quando os entrevistados não são apresentados a uma lista com os nomes dos candidatos, a curva da intenção de voto de Dilma continuou a descrever uma sólida curva ascendente.

Ela tinha 8% em dezembro. Em abril, estava com 13%. Agora, foi a 19% e está isolada em primeiro lugar. José Serra pontuou 14% - ele também vem subindo nesse quesito, mas em ritmo mais lento.

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Ainda na pesquisa espontânea, há também 5% que dizem ter intenção de votar em Lula, que não pode ser candidato.


Outros 3% declaram querer votar no "candidato do Lula". E 1% respondem "no PT" ou no "candidato do PT".

Em tese, portanto, o potencial de voto espontâneo em Dilma pode ser de 28% - os seus 19% e mais outros 9% dos que desejam votar em Lula, em quem ele indicar ou em um nome apresentado pelo PT.


2º turno e rejeição

Quando são colocados na lista de candidatos os concorrentes de partidos pequenos, o cenário não se altera muito. Dilma e Serra continuam empatados, cada um com 36%. Marina tem 10%. E só dois nanicos pontuam: José Maria Eymael (PSDC) e Zé Maria (PSTU).

Dilma também colheu bom resultado na rejeição: seu índice caiu de 24% para 20% enquanto o de Serra subiu de 24% para 27%. Marina também teve um resultado positivo, pois sua rejeição caiu de 20% para 14%.

Na projeção de segundo turno, os dois estão tecnicamente empatados: a petista tem 46% contra 45% do tucano.

Em abril, Serra aparecia dez pontos à frente da petista nesse quesito, com 50% a 40%.

1 Comentário:

Unknown disse...

Os EUA sabotam a paz

O acordo com o Irã é uma vitória histórica da diplomacia brasileira, quaisquer que sejam seus desdobramentos. A mídia oposicionista sempre repetirá os jargões colonizados de sua antiga revolta contra o destaque internacional de Lula.
O governo de Barack Obama atua nos bastidores para destruir essa conquista. É uma questão de prestígio pessoal para Obama e Hillary Clinton, que foram desafiados pela teimosia de Lula. Mas trata-se também de uma necessidade estratégica: num planeta multipolarizado e estável, com vários focos de influência, Washington perde poder. E a arrogante independência do brasileiro não pode se transformar num exemplo para que outros líderes regionais dispensem a tutela da Casa Branca.
Em outras palavras, a paz não interessa aos EUA. E, convenhamos, ninguém leva a sério os discursos pacifistas do maior agressor militar do planeta. Será fácil para os EUA bloquear a iniciativa brasileira, utilizando a submissão das potências aliadas na ONU ou atiçando os muitos radicais de variadas bandeiras, ávidos por um punhado de dólares. Mas alguma coisa rachou na hegemonia estadunidense, que já não era lá essas coisas.

 

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