GENTE DE BEM(NS), GENTE DO DEM. PREPARE SEU ESTÔMAGO PARA LER ESTE POST

|

Lambido do Blog da Franssinete Florenzano (clique no link para ver o post completo)

Uma história de horror


Hoje, o ex-deputado, médico e candidato a deputado estadual pelo PP Luiz Afonso Sefer, condenado a 21 anos de reclusão por estupro, durante quatro anos, de uma criança de 9 anos, pagou trios elétricos e dezenas de indivíduos para que - acompanhados de crianças - fizessem arruaça em frente ao Fórum Criminal de Belém e à Assembleia Legislativa.

A turba distribuiu o panfleto reproduzido aí em cima e gritava “Fora, Jordy”, “Fora, Magno Malta” e “Juíza Frouxa”, além de outros impropérios impublicáveis. Foi a prova cabal do que dinheiro sobrando e a falta de escrúpulos é capaz de produzir.

Distribuir esse panfleto é violentar múltiplas vezes e em público não só a vítima como toda a infância e adolescência, esfregando na cara da sociedade, dos representantes do povo e da magistratura o poder que garante a impunidade.

Vamos à verdade sobre o caso Sefer. Desnudemos o que prega essa mensagem vil:

. Pedofilia não é crime, é uma doença, mas precisa ser tratada no manicômio judiciário quando o portador estupra criancinhas.

. É verdade que o pedófilo nunca faz uma só vítima. Mas, quando é rico e poderoso, raramente é denunciado; e quando denunciado, quase nunca é preso. A CPI da Pedofilia do Senado, a CPI da Pedofilia da Alepa, o inquérito policial, o Ministério Público Estadual e a Vara de Crimes contra a Infância e da Adolescência constataram, à unanimidade e à farta, todas as denúncias feitas contra Sefer, bem como a existência de outras vítimas.

. Aos fatos: em meados de 2005, Sefer encomendou uma criança do interior do Estado, na faixa de 08 a 09 anos. Sua encomenda veio do município de Mocajuba e foi entregue na sua residência, onde uma menina de 12 anos já trabalhava. Dois dias após, Sefer começou a abusar sexualmente da infante, o que se repetiu durante quatro longos anos, todas as noites, em Belém, Salinas e até no Rio de Janeiro, para onde a levava.

O relato da criança é digno de um filme de terror: Sefer introduzia o equipamento médico denominado bico-de-pato no órgão genital dela, e a obrigava a praticar sexo oral, vaginal e anal, a ingerir bebidas alcoólicas, batia nela e lhe dava remédio para não engravidar. Ameaçava-a dizendo que se contasse a alguém iria matar a família dela, inclusive a pessoa para quem ela contasse. Um dia, a criança resolveu pedir ajuda à empregada doméstica, mas ela contou para Sefer, que deu uma surra na menina. A tortura só teve fim quando, aos 13 anos de idade, a vítima fugiu da casa.

A materialidade do horror descrito foi constatada à exaustão pelos laudos periciais, provas documentais e testemunhais, tanto que os advogados de Sefer nem conseguiram questioná-la.

0 comentários:

 

©2009 Língua de Trapo | Template Blue by TNB