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Pimentel recebeu R$ 2 milhões da Fiemg e da construtora contratada pela Prefeitura de Belo Horizonte para executar a obra do BRT | ||
Após publicação pelo Novojornal da matéria “Novo Jogo de construtoras comanda licitações de obras na PBH”, denunciando irregularidades praticadas pela Prefeitura de Belo Horizonte vem à tona através de reportagem publicada no jornal O Globo deste domingo, 04/12, o envolvimento do ex-prefeito Fernando Pimentel com uma das construtoras ganhadoras da licitação para execução das obras do BRT. O ex-prefeito de Belo Horizonte e atual ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel (PT), faturou pelo menos R$ 2 milhões com sua empresa de consultoria, a P-21 Consultoria e Projetos Ltda., em 2009 e 2010, entre sua saída da Prefeitura de Belo Horizonte e a chegada ao governo Dilma Rousseff. Os dois principais clientes do então ex-prefeito foram a Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) e o grupo da construtora mineira Convap. A federação pagou R$ 1 milhão por nove meses de consultoria de Pimentel, em 2009, e a construtora, outros R$ 514 mil, no ano seguinte. A consultoria de Pimentel à Fiemg foi contratada quando o presidente da entidade era Robson Andrade, atualmente à frente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), e se resumiu, de acordo com o atual presidente da Fiemg, Olavo Machado, a “consultoria econômica e em sustentabilidade”. No entanto, dirigentes da própria entidade desconhecem qualquer trabalho realizado pelo ministro. O serviço à Convap durou de fevereiro a agosto de 2010, época em que Pimentel era um dos coordenadores da campanha de Dilma e viajava o Brasil com a candidata. Após a consultoria, a Convap assinou com a prefeitura do aliado de primeira hora de Pimentel, Márcio Lacerda (PSB), dois contratos que somam R$ 95,3 milhões. Em maio deste ano, ao ser questionado durante viagem a Ipatinga (MG) a respeito das atividades da P-21 Consultoria e Projetos Ltda., já na condição de ministro, o petista não quis dizer quem eram os seus clientes e classificou o rendimento da empresa como “compatível com a atividade dela” e “nada extraordinário”. A Convap contratou Pimentel por meio de outra empresa do grupo que a controla, a Vitória Engenharia, atual Mineração Vitória Ltda., cujo endereço é o mesmo da construtora, em Vespasiano, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Menos de um ano após pagar a última parcela pela consultoria do petista, a Convap foi escolhida no governo Lacerda para tocar obras viárias de implantação do sistema de BRT (Bus Rapid Transit) na Avenida Cristiano Machado, para a Copa do Mundo de 2014 (R$ 36,3 milhões), e da Via 210, na região Oeste da capital mineira (R$ 59 milhões). As duas obras são em consórcio com a construtora Constran. Fernando Pimentel deixou a prefeitura há três anos; ainda assim seu grupo permanece no controle da Secretaria Municipal de Obras e Infraestrutura no governo Lacerda. A pasta foi responsável pela contratação da Convap e continua nas mãos do engenheiro Murilo Valadares, petista que cuidava da secretaria no governo de Pimentel. De 2000 a 2008, período em que o atual ministro foi prefeito de Belo Horizonte, não há registro de contrato do município com a Convap. Perguntado se via conflito de interesses na assinatura de contratos de quase R$ 100 milhões com uma empresa que tinha como consultor um de seus padrinhos políticos, Valadares disse que não. Ele alegou que os contratos foram assinados por meio de licitação e que, nos dois casos, o consórcio apresentou o menor preço. “O secretário sempre pautou suas ações pela transparência e pela ética. As licitações seguem os parâmetros legais. Diante da suspeita de quaisquer irregularidades, cabe aos órgãos competentes realizarem suas fiscalizações, bem como à imprensa republicana registrar os fatos e evitar suposições”, disse a assessoria de Valadares, por meio de nota oficial. Procurado por e-mail e pessoalmente para dizer que tipo de consultoria Pimentel prestou à sua empresa por mais de R$ 500 mil, o diretor-presidente da Convap, Flávio de Lima Vieira, não deu entrevista. Pelo telefone, repetiu quatro vezes a frase “nada a declarar” e desligou. Já o atual presidente da Fiemg, Olavo Machado, disse ter pago por “análise, avaliação e aconselhamento sobre aspectos da economia local e mundial”, “discussões socioeconômicas com base em experiência técnica, universitária e administrativa”, e “dimensionamento de mercados para empresas, aspectos de meio ambiente e sustentabilidade”. Consultoria na Fiemg desconhecida Em 2009, a Fiemg pagou R$ 1 milhão por informações que, em linhas gerais, o ex-prefeito ofereceu de graça pelo menos 13 vezes em palestras para estudantes, políticos e comerciantes locais em viagens por Minas naquele mesmo ano, de acordo com o site “Amigos do Pimentel”. O tema era “Perspectivas econômicas e sociais de Minas e do Brasil no atual cenário mundial”, e o ex-prefeito viajava para articular sua pré-candidatura ao governo de Minas para o ano seguinte, plano que não se concretizou. No site, há referência a um encontro promovido pela Fiemg, em agosto daquele ano. Procurado para detalhar um pouco mais as atividades da P-21, Machado disse que Pimentel dava “orientação a técnicos e colaboradores para elaboração e desenvolvimento de conteúdos” distribuídos a empresários. No entanto, o presidente do Conselho de Política Econômica Industrial da Fiemg, Lincoln Gonçalves Fernandes, e o gerente de Economia, Guilherme Leão, responsáveis por esse trabalho na entidade, não se lembram da participação do político. “Pimentel? O Fernando Pimentel, hoje ministro? Não, eu desconheço. Em 2009 eu estava aqui lidando com isso. Aqui na área econômica não teve participação efetiva dele trabalhando como consultor”, disse Leão. “Nunca participei de qualquer reunião. Estou sabendo dessa consultoria por você”, completou Fernandes. Ainda segundo Olavo Machado, Pimentel também teria participado das discussões embrionárias de sustentabilidade, no contexto do que viria a ser o programa da Fiemg “Minas Sustentável”, de incentivo a práticas empresariais ambientalmente corretas. “Não, neste programa não (teve participação), deve ter sido em outro. Participei desde a concepção até o desenho final do que ele é hoje”, afirmou o coordenador do “Minas Sustentável”, o engenheiro Flávio Mayrink. Em nota, Pimentel afirma que impostos referentes a consultorias foram recolhidos. O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, respondeu, por meio da assessoria do ministério, que não exercia cargos públicos quando prestou consultoria. Segundo ele, a empresa P-21 Consultoria e Projetos Ltda. foi aberta em 2009 para prestar consultoria nas áreas de “administração financeira e tributação”. “Os serviços contratados foram prestados e os tributos referentes a eles, recolhidos”. A P-21 deixou de prestar serviços a qualquer cliente em novembro de 2010. “Pimentel deixou a administração da empresa no fim de 2010, antes, portanto, de assumir o cargo de ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, em janeiro de 2011”, afirmou a assessoria em resposta à reportagem do O Globo. O ministro não respondeu ao questionário enviado a ele pelo jornal na quarta-feira, perguntando detalhes sobre os serviços prestados e solicitando a apresentação dos contratos com os clientes e os planos de trabalho definidos neles. Pimentel não quis explicar como fez para se dividir entre as intensas atividades político-partidárias de 2009 e 2010 e um trabalho que o remunerou em pelo menos R$ 2 milhões. Não quis dizer se ainda classifica como “nada extraordinário” os seus rendimentos nos dois anos. Tampouco quis comentar a contratação de uma de suas clientes pela Prefeitura de Belo Horizonte para a execução de contratos que somam R$ 95,3 milhões. Perguntado sobre os atributos do ex-prefeito considerados pela Fiemg na hora de contratá-lo por R$ 1 milhão, o presidente da entidade, Olavo Machado, citou “o conhecimento do tema, reconhecida competência na matéria e capacidade de contribuir para os interesses maiores do Sistema Fiemg” do político. “No caso do economista Fernando Pimentel, certamente contou a experiência como homem público competente com visão empresarial e social. Sua ascensão posterior ao cargo de ministro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior foi aplaudida pelos empresários mineiros, pela visão lúcida demonstrada nas diversas oportunidades que teve junto a empresários da Fiemg”, disse o empresário, segundo o qual a atuação da entidade é convergente com a direção implantada hoje no ministério, de valorização da indústria local. Na última quarta-feira, O Globo solicitou à Fiemg cópia do contrato com a P-21 e do plano de trabalho previsto. Na ocasião, Machado argumentou que pesquisaria os arquivos e, não havendo cláusulas de confidencialidade e informações de caráter reservado, os poria à disposição. Até a noite de sexta-feira, porém, segundo ele, os documentos ainda não tinham sido localizados. |
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1 Comentário:
Grande Língua!
Que bom vê-lo voltar à luta, ainda mias agora que o o nosso querido Pimentécio vai ter o que merece!
Reproduzo, abaixo, comentário que fiz lá no Nassif:
"Nassif,
se explica, ou se complica cada vez mais?
A chave de tudo é a frase final, ou melhor a confissão de culpa que todos mineiros já sabem desde a entrega, ou melhor venda, da prefeitura ao Aécio e seu grupo:
"O sr. informou à presidente sobre os contratos que teve?
- Não. Não havia a menor necessidade de informá-la porque não tem nada irregular. Não tinha nem tem.
Precisa falar mais alguma coisa? Que amigo, hein?
Este foi indicado a ministro na cota pessoal de Dilma, por ser seu ex colega de
Economia na UFMG, e companheiro também no combate à ditadura na mesma
facção de combate aos militares.
Só que nesta Dilma se ferrou!
Todo mundo sabia que um dia apareceria o verdadeiro motivo da entrega
de bandeja da prefeitura de BH ao grupo do Áécio, atrávés do Lacerda.
Só podia ser dinheiro, claro! Não tinha nenhum sentido político
entregar o poder garantido de um partido ao adversário maior, e a
troco de nada!
Agora chega a explicação, e com provas, óbvia!
E achou que ia enganar o povo igual enganou Dilma. Perdeu uma eleição para Senador porque os eleitores mais à esquerda do PT se recusaram a votar no mesmo devido à trairagem de 2008.
O grupo do PT em MG de Pimentel e Virgílio são podres! Taí
a prova! O que resta no PT de MG é o grupo de Patrus! Este sim, é o
cara!
No domingo último estava em um sítio, e sem saber desta notícia disseem um debate sobre o Pimentel:
- "este é bandido do PT e Dilma vai se ferrar com ele".
Não demorou um dia para minha fala se confirmar. Agora que não é
eleito nem mais para vereador este traíra corrupto!
Para não dizerem que estou dizendo só agora vejam aí, abaixo, parte de
um comentário, que postei no Blog "Amigos do Presidente Lula"
em 16.12.08, destacando a seguinte frase no final do texto:
"Helena,
este Pimentel é tão sujo que logo após a eleição do fantoche do
Lacerda, ele correu nas rádios de BH para desesperadamente gritar que
não tinha nenhum acordo com Aécio para 2010. Que a aliança era pontual
com o PSDB/Aécio.
A emenda saiu pior que o soneto. Se não tinha acordo então o povo
ficou ainda mais espantado. Para que então a tal aliança, se todos
sabiam que se o PT indicasse um "poste vermelho" para candidato o
mesmo seria eleito "com um pé nas costas"?.Ou não?
Falar que ele conseguiu manter a prefeitura de BH para o PT é escárnio
puro!O PT governava há 16 anos e com 75% de aprovação. Faria o
sucessor com q.q vereador, deputado ou secretário. Se o Aécio/PSDB
tentasse enfrentar o mesmo seriam fragorosamente derrotados, como
sempre foram em BH nos últimos anos.
Para tentar derrotar Patrus os stalinistas do PT Mineiro, Virgílio,
Pimentel e a Camarilha do Dirceu tiveram a excelente idéia de fazeresta aliança, e que o povo cert amente iria adorar. Deu no que deu!
Somente venceram, no sufoco, devido à imensa fragilidade do adversário
do PMDB no segundo turno. Então, dos males o menor.
Aqui não se fala sobre eventual e falso apoio de Lula ao "pau mandado"
do "Menino do Rio".
E sim sobre as seguintes questões:
- por quanto foi vendida a prefeitura de BH? Em dinheiro mesmo. Se não
tem acordo para 2010, então...
- qual a alcunha que o Pimentel deveria ser conhecido a partir de agora:
. Quinta-coluna das Alterosas?
. Traíra Mineira?
. Roberto Freire Caipira?
. Tucano Vermelho?
. Estrela Tucana?
. Entregador de Bandeja Mineira?.
. Maior Vendedor das Gerais?(vendeu uma cidade inteira).
. Pimentécio?"
Grande abraço!
Grande abraço
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