EFEITO PIMENTÉCIO

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Imagem: Lambida do Blog do Laert

PSDB aposta na ausência de democracia interna no PT
“Eu creio que a questão no PT (em relação à aliança) já está resolvida, porque não há mais democracia interna no partido”, Afirma tucano
Lambido do Novo Jornal

Mostrando que o PSDB, ao apresentar ao PSB suas exigências para celebração da aliança para reeleição de Marcio Lacerda a prefeito de Belo Horizonte nas eleições deste ano, levou em consideração apenas os interesses e desejo da alta direção do PT que, segundo o presidente do PSDB de Minas Gerais, deputado federal Marcos Pestana, é o que vale. Porque estes impõem sua vontade aos demais membros e militantes da legenda. Pestana considera insignificante o que pensa o diretório municipal do partido assim como sua militância frente a ditadura partidária.

Para aqueles que não participam do jogo político esta lógica pode causar surpresa, mais este é o entendimento de todos os participantes das negociações em torno da citada aliança. Evidente que ele é fruto do resultado positivo de diversas conversas e entendimentos já celebrados entre o PSDB, PSB, PT e demais legendas. Esta não é a atual realidade apenas do PT e sim de toda estrutura político partidária existente no País. Assim como nas demais instituições do sistema democrático, os partidos políticos também se esgotaram, tornaram-se cartas de dirigentes inescrupulosos. Evidente que com a omissão e até mesmo cumplicidade da Justiça Eleitoral.

Desde 2008 já era evidente que esta perversa e anormal realidade guiava a aliança celebrada entre o PSB, PT e PSDB em Belo Horizonte para eleger Lacerda. Em outras democracias espalhadas pelo mundo também existem as alianças políticas, porém, estas são celebradas em nível de parlamento ou para composição e coalizão de governo. A imprensa em geral tem dedicado pouco espaço para denunciar esta anomalia política que, além de ilegal, não é moralmente correta, pois os partidos apresentam-se perante a sociedade civil como ideológicos e fieis a seus estatutos.

Não é incomum ocorrer nas celebrações de alianças políticas a negociação em dinheiro principalmente em relação ao horário de propaganda eleitoral no radio e televisão. Porém, constata-se, diante da repercussão causada com a declaração do líder tucano, que a militância e eleitores do PT jamais esperavam que esta realidade estivesse presente no partido, embora a ala de Pimentel já venha adotando abertamente esta pratica há tempos. Isolados e até mesmo marginalizados ficam aqueles que defendem uma candidatura própria do PT.

Sabia-se da opinião favorável da presidente Dilma a celebração da aliança em BH até o encontro com o presidente nacional do PSB, Eduardo Campos, quando lhe foi relatado o que estava por trás das negociações, conforme já noticiado por Novojornal. Porém, com as declarações de Pestana constata-se que a figura mais ilustre do PT é adepta desta prática. Pestana, sem qualquer reserva, falou: “Eu creio que a questão no PT (em relação à aliança) já está resolvida, porque não há mais democracia interna no partido. Na verdade, há um comando sólido e firme do Lula”.  Se o líder tucano está certo ou apenas provocava o PT, só o tempo e os fatos mostrarão.

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