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Criminoso mais procurado pela polícia já estava preso

Zal, suspeitos de chefiar grupo que usava coletes com inscrição da polícia para matar, já estava preso com nome de outra pessoa


CRISTIANO COUTO
Zal
Suspeito de diversos crimes violentos, Zal já estava detido com o nome de outra pessoa


Um dos criminosos mais procurados da Região Metropolitana de Belo Horizonte, apontado como autor de pelo menos oito homicídios, um deles contra um policial militar, estava no lugar onde a polícia nem poderia imaginar. Usando um documento de outra pessoa, Risael Ferreira da Costa, conhecido como "Zal", de 26 anos, estava "escondido" em uma cela da Casa de Detenção Antônio Dutra Ladeira, em Ribeirão das Neves, município onde teria praticado os assassinatos.

Ele seria o líder de homens que, como ele, usavam coletes falsos da Polícia Civil para promover "buscas" nas quais seus rivais no tráfico eram eliminados a tiros. Ele foi preso em janeiro passado, por porte de armas, e apresentou uma identidade de Leandro Felipe Mascarenhas Thomaz, que havia perdido o documento. Recolhido no presídio com esse nome, o homem acreditava que, apesar de preso, estava livre das buscas que eram feitas pela polícia.

O delegado Márcio Rocha, titular da Homicídios de Neves, disse nesta quarta-feira (11) que o trabalho para a localização e prisão do homem suspeito de ser líder do grupo de pessoas que usavam coletes para matar não chegava a lugar nenhum porque o procurado já estava preso, desde janeiro.

ZalO suposto autor dos crimes só foi descoberto quando policiais civis passaram a investigar o motivo pelo qual um de seus irmãos visitava, toda semana, um homem que estava em uma cela da penitenciária. Um levantamento feito com impressões digitais permitiu esclarecer que o detento que recebia visitas não era Leandro Felipe, e sim Risael Ferreira da Costa, o homem que era procurado desde o ano passado. Ele vai responder a oito inquéritos por homicídios e três por tentativas de homicídio, além de ser apontado como suposto líder do tráfico de drogas nos bairros Jardim Neviana e Jardim Colonial, em Neves. Na Justiça "Zal" poderá ser condenado, por esses crimes, a mais de cem anos de prisão.

Grupo se passava por policiais para cometer crimes
A polícia reconstituiu, mediante depoimentos de testemunhas, a tática usada pelo suspeito para eliminar rivais. "Zal" e seus amigos usavam coletes pretos com as palavras "Polícia Civil" pintadas e, se passando por agentes da corporação, faziam "rondas" em bairros periféricos de Neves usando automóveis comuns.

Quando o líder do grupo queria eliminar algum rival no tráfico, o grupo chegava e invadia um bar ou local  frequentado pela vítima e mandava todas as pessoas ficarem de pé, de frente para uma parede. Depois "Zal", fingindo ser o chefe da "diligência", perguntava os nomes das pessoas e quando descobria o rival procurado, matava-o a tiros, a sangue-frio, para vingar-se ou ampliar seu poder como traficante.

O suspeito foi indiciado em seis inquéritos que contém as histórias de oito mortes em Ribeirão das Neves, desde o ano passado. Ele será interrogado sobre o duplo homicídio que teve como vítimas Jhonatan Júnior do Nascimento Freitas e Elias Costa Pereira, outro duplo homicídio contra  Marco Aurélio de Souza e Emerson Alencar Lima, e os homicídios contra Idériton Otaviano Pereira, Diego de Matos Coelho, Roberto Pereira da Silva e Washington do Patrocínio Vital. O HOJE EM DIA tentou obter a versão de "Zal, que não quis falar a respeito das acusações.

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