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Feto ateu, feto cristão
Publicado em 11/06/2012 por Valmidênio Barros
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No ventre de uma grávida, dois fetos conversam:
– Você acredita mesmo que há vida após o nascimento?
– Claro que sim! Tem de haver algo após o nascimento! Não podemos simplesmente deixar de existir! Talvez estejamos aqui porque precisamos nos preparar para o que seremos mais tarde, após o nosso nascimento, numa outra vida muito melhor do que essa que vivemos agora.
– Bobagem! Não acredito em vida após o nascimento!
– Mas só porque você não acredita, não significa que ela não existe!
– Como seria essa vida, então?
– Eu não sei exatamente. Na verdade, ninguém sabe. É algo que está muito além da nossa limitada compreensão. Mas eu acho que será uma vida muito melhor, num lugar melhor, em que haverá mais luz do que aqui, onde a gente vai poder caminhar, andar, correr… comer com nossa própria boca… esse tipo de coisa…
– Isso é um absurdo!! Caminhar é impossível! E comer com a boca?! Ora, mas que ridículo! É o cordão umbilical que nos alimenta! Não sei como você pode imaginar coisas tão sem sentido assim!
– Você está equivocado. Deve haver algo após o nascimento. Talvez seja apenas diferente do que estamos habituados a ter aqui. E talvez seja por isso que nós não conseguimos aceitar como realidade, ficando parecendo mesmo uma ilusão, uma fantasia.
– Nunca alguém que nasceu voltou de lá, para contar o que há para além do nascimento. O parto apenas encerra a vida. Isso é tudo o que sabemos. Você não tem autoridade nenhuma para me dizer o que pode haver após o nascimento.
– Tudo bem. Eu não posso te convencer de que há uma vida nova esperando por nós após o nascimento, mas garanto a você que é bem melhor viver assim, com essa certeza de que, depois de nascer, eu irei ver a Mamãe, e que Ela irá cuidar de mim.
– Mamãe?! Você acredita na Mamãe?!! Há-há-há-há!! E onde essa suposta Mamãe estaria? Hein?! Você A viu? Tem alguma prova de que Ela existe?
– Ela vive à nossa volta! Nós vivemos Nela e através Dela. Sem Ela tudo isso não existiria.
– Eu não acredito! Eu nunca vi nenhuma Mamãe, por isso, é claro, não existe nenhuma.P
– Engano seu! Às vezes, quando estou em silêncio, eu posso ouvi-lA cantando. E se me esforço um pouco mais, posso sentir o Seu coração batendo. É uma pena que você não acredite, sabe?, mas eu penso que essa nossa condição aqui, no útero, é passageira; uma vida real nos espera, muito maior e muito melhor, num mundo novo que mal podemos imaginar.
– E o que diabos nós estamos fazendo aqui dentro?
– Agora, irmãozinho, a gente apenas está sendo preparado para ela…
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VOCÊ JÁ PERCEBEU A COMPARAÇÃO QUE O CRENTE QUER FAZER COM ESSA ESTÓRIA.
MAS QUEM CONSEGUE IDENTIFICAR O ERRO, OU MELHOR, A DESONESTIDADE INTELECTUAL POR TRÁS DELA, QUE O CRENTE PRECISA USAR PARA TORNAR SEU ARGUMENTO VÁLIDO?
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