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Projeto previa transformar prédio em hotel de luxo no circuito da Praça da Liberdade
Projeto previa transformar prédio em hotel de luxo no circuito da Praça da Liberdade
O grupo JHFS/Fasano, que venceu a licitação para explorar como empreendimento hoteleiro o prédio do Ipsemg, na Praça da Liberdade, vai recorrer da decisão do governo de Minas de revogar o processo licitatório, medida que foi anunciada nesta terça-feira (24). O grupo informou ao Hoje em Dia que estuda quais os ‘recursos’ que serão utilizados.

Segundo o Governo de Minas, seriam investidos R$ 46 milhões pelos vencedores da licitação, que alegam que já haviam realizados aportes, embora não os quantifique. O governo receberia um pagamento fixo anual, além de participação no faturamento. Em nota, o JHFS/Fasano informa que “além dos investimentos já realizados, estava preparado para viabilizar o projeto do hotel. O Grupo está avaliando como poderá recorrer da decisão”.

A presidente do Ipsemg, Josamara Alves da Silva, informou que ainda não foi informada da decisão do grupo de recorrere da decisão, mas reconhece que investimentos já podem ter sido realizados. “Nosso entendimento é de que o interesse público deve prevalecer. A administração pública tem o direito de revogar a licitação e o fez por entender que era o mais correto”, afirmou.

O Instituto de Previdência dos Servidores do Estado (Ipsemg), órgão ligado ao governo do Minas, alega que quando o processo de licitação teve início, em 2009, a decisão de instalar um hotel no prédio foi balizada em estudos que indicaram a necessidade de elevação da oferta de hotéis de alto padrão na cidade. Em março de 2011 foi concluído o processo licitatório.

A assinatura do contrato, porém, não ocorreu porque ainda era aguardada a conclusão de um processo no Tribunal de Contas do Estado (TCE) que questionou a conveniência de manter a instalação de um hotel no imóvel, diante do tempo decorrido desde os estudos iniciais. O Ipsemg, após o questionamento, concluiu que a oferta de hotéis aumentou e que não há necessidade de o Estado ser indutor do crescimento da rede de hotéis. A intenção, agora, é de que o prédio receba unidades da Escola de Design da UEMG, que deverá investir pelo menos R$ 20 milhões na restauração do prédio, que está ocioso desde a transferência do Ipsemg para a Cidade Administrativa.