DIRETOR DA SUCURSAL DE BRASÍLIA DA FOLHA PEGO COM A BOCA NA BOTIJA (LEIA-SE: FAZENDO BOQUETE OPOSICIONISTA, PRÁ VARIAR)

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  1. Prof. Renato (2)ontem às 23h36
    A análise  do Igor está equivocada,  em Manguinhos o Papa Francisco disse:"Quero encorajar os esforços que a sociedade brasileira tem feito para integrar todas as partes do seu corpo, incluindo as mais sofridas e necessitadas, através do combate à fome e à miséria. Nenhum esforço de 'pacificação' será duradouro, não haverá harmonia e felicidade para uma sociedade que ignora, que deixa à margem, que abandona na periferia parte de si mesma". É um elogio!
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  2. ativista (19)(01h28) há 32 minutos
    O comentário equivoca-se visivelmente:Primeiro ao incorporar a linha editorial caracteristica de oposição incondicional a qualquer preço, deixa clara a carencia de legitimidade.Segundo falta lhe a noção teologica do discurso de Francisco,onde Cristo no centro,está invocando sua doutrina baseada nas obras como confirmação da fé, como disse Tiago:A fé sem obras é uma fé morta.Não há equivoco,um completa o outro,o que sobra na verdade,é a má vontade do comentarista em escrever sobre a verdade.
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25/07/2013 - 19h47

Análise: Fala do papa vai na contramão de Dilma

IGOR GIELOW
DIRETOR DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Papa no BrasilApós ter ouvido no discurso de saudação da presidente Dilma Rousseff que os brasileiros são conhecidos pela "crença em nós mesmos", o papa Francisco apontou na direção contrária hoje em sua fala aos peregrinos da Jornada Mundial da Juventude.
"Em quem depositamos a nossa fé? Em nós mesmos, nas coisas, ou em Jesus? Sentimo-nos muitas vezes tentados a colocar a nós no centro. Mas sabemos que não é assim", disse.

"A fé é revolucionária. Está disposto a entrar nessa onda da revolução da fé?", perguntou, no seu espanhol nativo que adotou no evento desta noite, depois de ter se manifestado em português em todos os discursos anteriores.

Na segunda-feira, Dilma havia feito um discurso significativamente maior do que o de Francisco na recepção no Palácio Guanabara, e recheado ele de citações autoelogiosas aos feitos sociais dos governos petistas. O pontífice, por sua vez, falou em termos protocolares e religiosos.

Essa contraposição pode ser vista como normal, ainda que de gosto duvidoso. Dilma representa um poder temporal; Francisco, simbolicamente, o imaterial. Na comparação, a presidente sai pior na foto, como que tendo forçado um discurso político que não encontrou eco.

Tanto que o máximo de política que se ouviu até aqui de Francisco foi no seu discurso do fim da manhã, quando pediu para que os jovens não desistam da luta contra a corrupção.
Na fala aos peregrinos do começo da noite, Francisco também fez uma curiosa referência histórica: disse que os fiéis devem colocar Cristo no centro de suas vidas, como que numa "revolução que poderíamos chamar de copernicana".

O astrônomo e clérigo católico polonês Nicolau Copérnico (1473-1543) revolucionou a ciência ao condensar a teoria heliocêntrica, segundo a qual a Terra não era o centro do universo, mas sim girava em torno do Sol.

À sua época, não provocou tanta polêmica, mas poucos anos depois de sua morte a ideia virou sinônimo de heresia. Para a igreja da época, as Escrituras são claras sobre a importância do planeta na Criação, e contestar isso equivaleria a questionar o poder de Roma em si.

Por defendê-la, por exemplo, o cientista italiano Galileu Galilei (1564-1642) acabou nas barras da Inquisição em 1633 e passou o resto da vida confinado em casa.
A Igreja Católica reabilitou o heliocentrismo nos séculos 18 e 19 e pediu perdão oficial por Galileu em 1992, mas não deixa de ser algo irônico ver um papa utilizar a metáfora para fins de pregação religiosa.

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