A inveja e os 80% de Lula

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Segundo definição da Wickpédia, a inveja é o desejo por atributos, posses, status, habilidades de outra pessoa gerando um sentimento tão grande de egocentrismo que renegue as virtudes alheias, somente acentuando os defeitos. Não é necessariamente associada a um objeto: sua característica mais típica é a comparação desfavorável do status de uma pessoa em relação à outra.

Numa outra perspectiva, a inveja também pode ser definida como uma vontade frustrada de possuir os atributos ou qualidades de um outro ser, pois aquele que deseja tais virtudes é incapaz de alcançá-la, seja pela incompetência e limitação física, seja pela intelectual.

É no contexto desta definição pronta, que me poupei trabalho e tempo em reinterpretá-la e reescrevê-la, que inicio esta postagem. Pergunto-me por quantas vezes faz-se necessário a um certo estrato da nossa sociedade, tentar espinafrar moralmente e ideologicamente a pessoa do Presidente Lula e de seu governo que, diga-se de passagem, não houve outro melhor. Não sou eu que digo, são todos os indicadores econômicos e sociais.

A discussão que se estabelece na mídia cooporativa não gira em torno de proposições concretas que venham de encontro com os objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil, destacados no Art. 3o. do texto constitucional, transcrito a seguir:
I - contruir uma sociedade livre, justa e solidária;
II - garantir o desenvolvimento nacional;
III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais;
IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.

É, notadamente, de cobiça coorporativa de que se tratam estes achaques, da vontade de saborear os frutos de uma gestão pública digamos, que foi minimamente competente do que as que a antecederam, e produziu os resultados, a meu ver, que justificam os tais 80% de aprovação.

Como cidadão brasileiro, consciente de todas as riquezas reais e potenciais deste território de proporções continentais, tenho pretensões que vão além, mas muito além mesmo do que as que dão a Luís Inácio Lula da Silva a notoriedade que tem hoje.


Espero daqueles que detratam, que ridicularizam e que criam estereótipos tragam propostas que, pelo menos, ajustem-se plenamente aos quatro incisos do artigo 3o. da Constituição. É o mínimo que um cidadão deve esperar, daqueles que pleiteiam o poder e as chaves dos cofres públicos, que, diga-se de passagem, hoje, estão abarrotados com mais de 210 bilhões de dólares em reservas.

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