Na Espanha, Zapatero cortou a mamata fiscal da Igreja Católica

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No Brasil, onde a fé é um negócio mais lucrativo do que o tráfico mundial de armas e de drogas, o estado brasileiro, a revelia da constituição, subsidia descaradamente toda espécie de culto ou religião.

Ao contrário do brasileiro, o governo do primeiro-ministro espanhol, José Luis Rodríguez Zapatero, cortou um financiamento anual da ordem de $140.000.000,00 de Euros que era dado à Igreja Católica, a única da Europa que ainda era financiada com verbas do governo, ou seja, dinheiro do contribuinte, católico ou não.

Ora, se uma nação rica como a Espanha procedeu desta forma, um país como o nosso, que possui colossais necessidades nas áreas de educação, saúde, saneamento, segurança, habitação e transportes, o Governo se rende ao proselitismo religioso e, transfere do orçamento do tesouro, generosas subvenções para particulares, subtraindo do cidadão os recursos públicos fundamentais para o bem estar social.

Não estou, de maneira alguma, pregando o desfacelamento das instituições religiosas do Brasil, mas sim a desvinculação dos recursos públicos que são extremamente escassos para as enormes e históricas demandas do povo brasileiro.

Cabe ao fiel e, exclusivamente a ele, dentro de sua consciência e fé, sustentar a religião ou igreja que mais lhe convier e com o quanto quiser. Se você acha que é conveniente doar 50% do seu salário para sua igreja que assim o faça, isto é do seu livre arbítrio, mas, por outro lado, defender que o estado o faça, é arbitrar sobre dinheiro que não lhe pertence. Chega de gente fazendo caridade com dinheiro alheio.

Saiba você mais uma coisa, é esta libertinagem fiscal que vem transformando as igrejas em lavanderias de dinheiro para o crime organizado em geral, pois a lei sequer as obriga a prestar conta de suas doações, que entram anônimas em seus cofres na forma do dízimo.

Não se bastasse isto, vemos à luz do dia, florescerem grandes conglomerados de comunicação e tantos outros negócios financiados por recursos supostamente oriundos da contribuição dos fiéis.


Respeito ao contribuinte

Apesar do corte do financiamento público, o governo espanhol permitiu ao cidadão fazer doações diretas para o clero. Na declaração de renda, os católicos têm a opção de marcar uma lacuna onde podem doar até 0,7% dos seus impostos devidos para a Igreja Católica.

O Estado espanhol também passará a cobrar impostos que o clero jamais pagou, por exemplo, o Imposto de Transmissões Patrimoniais e de Sucessões e Doações, que incide sobre cada bem móvel ou imóvel negociado em nome da Igreja.

Além disso, a Conferência Episcopal terá que custear ainda a manutenção de catedrais, mosteiros e imóveis de patrimônio artístico e cultural próprios - só esse custo está estimado em 125 milhões de euros por ano e era pago pelo próprio estado.


Chantagem e golpismo em nome da Fé

A fúria da Igreja Católica contra Zapatero teve por estopim a sua oposição frente à legalização do casamento gay dentre outras políticas consideradas liberais do governo espanhol.

Em contrapartida, a Igreja postou-se contra o governo inclusive pedindo votos para a oposição nas últimas eleições. Ainda no final de 2007, bispos e cardeais católicos lideraram manifestação em Madri, aonde chegaram a afirmar que a democracia espanhola correria o risco de se dissolver por conta do laicismo radical.

E diz esta gente ser povo de Deus.

Leia a reportagem completa na BBC Brasil acessando aqui.

1 Comentário:

Cyro Silva disse...

Assim não dá para votar na Dilma. Como é que gente que se diz de esquerda faz o jogo desses canalhas de batina que atormentam a humanidade desde a época da Inquisição. E o ensino religioso nas escolas públicas para que? Se os pais estivessem interessados nisso colocariam os filhos nos colégios católicos. Esses trapaceiros ridículos vão ameaçar as crianças com o fogo do inferno, perturbando os seus alegres sonhos infantis. E por que isenção para colégios religiosos, cujas mensalidades ultrapassam 1700 reais. E outros artigos lesivos à sociedade brasileira, como o que os libera da manutenção de prédios do patrimônio artístico que eles mesmos usam e estragam. Sinceramente, esse acordo com a Igreja mostra bem a face corrupta do governo.

 

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