Uma imagem que diz tudo e, como ela, reproduzo nesta postagem o primoroso artigo de Eduardo Guimarães que extraí de seu blog, o Cidadania.com. Antes disto, eu gostaria de deixar registrada a minha própria impressão.
O telejornalismo da Rede Globo, mais do que o de qualquer outra emissora, caracteriza-se pela forte influência da teledramaturgia no ofício diário de seus apresentadores. Diga-se de passagem, é neste tipo de entretenimento, novelas e mini-séries, que a emissora carioca construiu parte de sua reputação.
Com uma estratégia, digamos assim, de “valorizar a notícia” ou, na minha opinião, de fazer com que o telespectador desenvolva o mesmo sentimento do personagem indignado representado pelos estafetas, a emissora usa e abusa deste recurso de encenação. O que é verdadeiramente chato para a campeã de audiência novelística é, muitas vezes, a falta de talento para a dramaticidade de seus apresentadores, o que os tornam muito mais parecidos com aqueles exóticos personagens de novela mexicana do que com qualquer outra coisa.
Quem nunca reparou nas misuras que encenam, diariamente, os pares jornalísticos Renato Machado e Renata Vasconcelos, Evaristo Costa e Sandra Annenberg, William Bonner e Fátima Bernardes, William Waack e Cristiane Pelajo, isto tudo sem falar de Alexandre Garcia, Miriam Leitão ou do chato do Jabour.
Mas como se fosse uma cereja no topo do bolo, Eduardo Guimarães confeitou seu ótimo post com uma imagem sensacional da manjada expressão de reprovação de Fátima Bernardes, que para ser educado e não dizer o que realmente estou pensando, a popularmente conhecida “cara de quem comeu e não gostou”.
Finalmente, justifico o meu comedimento com as palavras com fato de não possuir os mesmos 70% de aprovação de Lula ou sequer os 7% de reprovação, senão eu diria mesmo que era cara de bunda.
Todos eles "sifu"
Atualizado às 14h39 de 5 de dezembro de 2008
Desde o dia 15 de setembro, os brasileiros fomos submetidos a um bombardeio incessante e crescente de más notícias nos jornais, nas revistas, nas tevês, nas rádios, na internet e, em certa medida, até em nosso cotidiano. Não é por outra razão que pesquisa Datafolha divulgada hoje pelo jornal Folha de São Paulo revelou que 72% da população está ciente da crise econômica internacional.
Desde que a crise se apoderou da mídia, também temos visto duas formas distintas de encará-la. E são essas duas formas o assunto central aqui, pois uma delas derrotou a outra, segundo o Datafolha.
Enquanto que, do lado da mídia e da oposição a Lula, o discurso é o de que a crise mostrará que, ao contrário do que se pensa, o presidente atual é ruim e só conseguiu bons resultados econômicos até aqui porque o mundo vinha em bonança econômica - o que fica cada vez mais claro que era mentira, pois a crise já vem se espalhando pelo mundo há um ano -, do lado do governo Lula o discurso vinha sendo o de que a crise nos atingirá com muito menos força porque o país está economicamente arrumado.
A pesquisa Datafolha publicada hoje mostra que a popularidade de Lula foi aumentando na medida em que a crise foi se agravando no mundo e, em boa medida, também aqui no Brasil. Mas o que explica esse fenômeno? Não deveria ser o contrário?
A pesquisa em questão deverá servir para acordar a direita brasileira, ainda que no mesmo jornal que divulgou a notícia sobre a aprovação recorde de Lula (70%) tenha sido divulgado, com destaque, artigo do ex-patrão do mastim da Veja Reinaldo Azevedo, do ex-ministro de FHC Luiz Carlos "no limite da irresponsabilidade" Mendonça de Barros no qual ele, muito bondosamente, "aconselha" Lula :
(...)Nestes momentos de insegurança em relação ao futuro, o governo deve liderar, com autoridade e responsabilidade, a sociedade. Tentar enfrentar tempos mais bicudos escondendo da opinião pública a realidade dos fatos sempre acaba muito mal. O presidente Lula e seus ministros estão fazendo uma aposta de alto risco ao vender uma economia que não existe mais.
Quanta bondade do inimigo político de Lula, não? Vocês não ficaram comovidos? Vejam o empenho dele em "ajudar" o presidente...
Aliás, Mendonça de Barros entende muito bem de "Tentar enfrentar tempos mais bicudos escondendo da opinião pública a realidade". Foi seu grupo político que, em 1998, então no poder, vendeu à população a mentira de que não haveria a desvalorização do real que Lula, adversário de FHC na disputa pela Presidência, dizia então que ocorreria de uma forma ou de outra, ainda que depois das eleições. Enfim, foi o PSDB que disse que seria o petista que desvalorizaria a moeda se ele fosse eleito presidente naquele ano.
Lula não está enganando ninguém. Mendonça de Barros sabe disso, FHC sabe disso, a Folha sabe disso, a mídia inteira sabe disso. E a pesquisa Datafolha revela que a parte mentalmente sadia da população também sabe muito bem disso e que essa parte é majoritária no país, respondendo por cerca de 70% do total dos brasileiros.
Ora, mas há, sim, problemas na economia, dirão alguns. E eu responderei que sim, que há problemas sérios, é claro, mas as pessoas têm capacidade de discernimento, pois sabem quanto os problemas que atingem o Brasil são muito mais sérios nos países ricos do que aqui, e sabem como o país está hoje diante de como estão países poderosos e ricos, e sabem, finalmente, que estamos melhor do que a maioria porque o país é bem governado.
Qualquer pessoa mentalmente sadia é capaz de entender que os problemas na economia vêm de fora e que só não são maiores aqui dentro porque o país está bem economicamente. Talvez seja por isso que um dos grupos sociais entre os quais Lula mais melhorou sua avaliação foi entre os mais escolarizados, apesar de que sua aprovação positiva melhorou em todos os setores regionais, por escolaridade, renda, idade e sexo.
E não é só isso: o país também enxerga como a mídia tem que brigar com os fatos para tentar provar que estamos sofrendo e que sofreremos mais do que se pensa.
O país que aprova Lula também demonstra estar politicamente maduro. Vê-se que as pessoas entendem perfeitamente o contexto em que o Brasil está no cenário internacional e sua posição de liderança hoje no mundo.
Todos enxergam mais claramente agora como é ruidoso esse grupo político que se assanhou só porque elegeu um reacionário de direita em São Paulo neste ano, na cidade e no Estado mais reacionários do país. No conjunto da sociedade, porém, essa gente representa pouco. Só fala tão alto porque é dona de meios de comunicação.
Contudo, a maioria esmagadora do país acaba de dar um recado ao Partido da Imprensa Golpista (PIG), de que não acredita no que ele diz e de que acredita no que diz Lula.
Enfim, para resumir tudo, usarei agora um dos termos usados ontem por Lula num discurso. São termos que escandalizaram a moça da foto acima e todo o resto da imprensa golpista, sem falar na oposição tucano-pefelenta: toda essa gente "sifu", ou seja, todos eles se deram muito, mas muito mal. O termo "sifu" descreve à perfeição o que aconteceu com esses golpistas canalhas.
Mande o PIG "sifu"
Escrito por Eduardo Guimarães às 10h53
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Há 2 horas
3 comentários:
Lembrando que a personagem Fátima, esta semana, foi cuidar de "assuntos escolares" dos lindos trigêmeos...
A imprensa vive de hipocrisia e de notícias nefastas. São verdadeiros abutres a espera de uma carniça bem fedorenta para devorar. Mas com já dizia minha vozinha e sem hipocrisia " Bosta seca em ... lavado não pega " Portanto não adianta fazer cara feia, pois o nosso querido Presidente Lula só acerta na mosca.
Fátima, ganhei o meu dia com este ditado da sua avó. Foi demais e obrigado pela sua visita.
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