E foi mais ou menos esta pergunta que fiz ontem ao companheiro Hélio Borba, do blog APOSENTADO INVOCADO, quando da publicação da postagem que reproduzo abaixo. Hoje, revirando sites e blog pela Internet em busca da notícia, encontrei a reportagem no Jornal O Dia que destaca: Itamaraty pede resposta por agressão a Guinga em Madri e na edição on-line do Jornal o Globo: Itamaraty pede informações sobre incidente com compositor Guinga em aeroporto de Madri.
Mas, devido a gravidade do caso, sinto que está faltando aquela zelosa cobertura televisiva para o caso, com infográficos e vastas reconstituições com recursos de computação eletrônica, afinal de contas a Globo é a Globo, que ao menor sinal de atraso de um voo, põe toda sua parafernália a serviço do "bem informar" ao cidadão brasileiro. Vamos aguardar até o final do dia, pois no Boa Tragédia Brasil ela passou em branco.
Guinga agredido na Espanha Compositor leva soco de policial em aeroporto e perde dois dentes. Casaco do músico foi roubado.
Carol Medeiros
Rio - Uma passagem pelo inferno. Foi assim que o compositor Guinga — autor de vários sucessos da MPB e reconhecido internacionalmente pelo seu talento ao violão — descreveu o que deveria ser apenas uma escala de três horas no Aeroporto Barajas, em Madri. A conexão de seu vôo da Ibéria, que saiu de Roma, na Itália, em direção ao Rio, acabou se transformando em uma “estada” de três dias de muita humilhação, quando o músico teve um casaco com dinheiro e passaporte roubado e foi vítima até de agressão física. O autor de ‘Bolero de Satã’, sucesso na voz de Elis Regina, perdeu dois dentes ao levar um soco na boca de um policial espanhol. Ironicamente, Guinga, cujo nome verdadeiro é Carlos Althier de Souza Lemos Escobar, é neto de espanhol. Mas nem a ascendência européia foi capaz de lhe garantir tratamento respeitoso e digno. Depois de passar um dia inteiro no aeroporto esperando por um vôo que nunca saiu, sem nenhuma previsão ou informação da companhia, ele teve que dormir na cidade e tentar uma conexão no dia seguinte. Mas no sábado, novamente, não haveria partida da Ibéria para o Brasil. Ao passar seus pertences pela esteira de raio-X, o pior da viagem começou. “Coloquei minhas duas mochilas, sapatos e o casaco com 400 euros e 200 reais, passaporte, chave de casa, carteira com todos os documentos na esteira. Fiquei esperando e o casaco não voltou. Reclamei com o policial e ele disse que não era seu problema, para eu procurar a minha embaixada. Eu tinha acabado de ser roubado, era sábado, e ele não fez absolutamente nada para me ajudar”, conta. Depois de tentar auxílio “de uma dezena de policiais”, Guinga foi ao posto da Polícia Nacional da Espanha e, exaltado, pediu que o ajudassem. Sem passaporte, ele não poderia embarcar. “Mais uma vez me disseram para procurar a embaixada brasileira. Quando vi, estavam me empurrando para fora do posto e um policial me deu um soco. Senti dois dentes caindo na hora. Saí dali destruído por dentro. Com 60 anos, sem dinheiro, sem passaporte, sem dente, humilhado. Eu não tinha mais o que fazer”.
Solidariedade de compatriotas e estrangeiros salvou o músico Rio - O martírio de Guinga começou na sexta-feira, dia 9. Ele e outros passageiros foram comunicados pela Ibéria de que o vôo para o Rio estava suspenso devido a uma nevasca em Madri. “Ficamos horas em pé no balcão. Ninguém nos dizia a que horas o avião partiria nem se sairia naquele dia. Esperamos mais de 12 horas, até que a companhia resolveu pagar um hotel para nosso pernoite. Mas fui acordado no meio da madrugada, com a recepção dizendo que o ônibus para voltarmos ao aeroporto sairia às 5h”.No sábado, depois de apanhar dos policiais, Guinga vagou pelo Bajaras por três horas, até que encontrou seu casaco jogado em uma lixeira do aeroporto, com todos os documentos, mas sem o dinheiro.Durante sua saga, o músico contou com a solidariedade de brasileiros e até de um casal de franceses que o reconheceu e deu carona no seu táxi de volta para o aeroporto no domingo. “Os brasileiros pagaram lanche para mim e um rapaz, que morava na Alemanha, viu que eu estava sem condições de falar, pegou meus documentos e conseguiu remarcar minha passagem para um vôo da TAP, que saiu no domingo, às 8h, de Madri”, contou.
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Há 6 horas
3 comentários:
Hoje mudaron de versao, ta no G1:
"Uma policial, ao ver Guinga machucado, humilhado e chorando no saguão do aeroporto, decidiu ajudá-lo. Ela o estava levando para uma área reservada do aeroporto para tentar uma solução para o caso, quando Guinga avistou seu casaco numa lixeira. Ele recuperou o passaporte e a passagem para o Brasil.
“Essa policial o ajudou a trocar a passagem da Iberia, que era para sexta-feira e por outra da TAP e o acompanhou até o embarque. A única prova que ele tem de tudo o que aconteceu no aeroporto é do boletim de ocorrência que foi obrigado a assinar dizendo que a polícia tinha achado o casaco dele, além do tratamento dentário que teve de fazer ao chegar”, disse Fátima."
Ao final quem foi, um um rapaz, que morava na Alemanha ou uma policial espanhola?
Cadê o comentário sobre o "caos aéreo" no rio Hudson?!
Caro DF, essa gente é um desafio à minha limitada capacidade de escrever. São uns verdadeiros FDP, nada mais do que isso. Obrigado pela visita e volte sempre.
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