RACISMO IMPLACÁVEL, NEM NA BAHIA O BRASIL CONSEGUE SE LIVRAR DESTA VERGONHA.

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Para líder do Ilê Aiyê, preconceito impede financiamento de blocos afros na Bahia
Luciana Lima - Agência Brasil - 22/02/2009

Brasília - O presidente do bloco afro Ilê Auiyê, Antônio Carlos dos Santos, o Vovô, acredita que a falta de patrocínio privado aos afoxés mais tradicionais do carnaval de Salvador estaria relacionada ao preconceito. “O racismo na Bahia chega a ser maior que o capitalismo. As empresas deixam de ganhar dinheiro, mas não querem se juntar aos negros. Acham que não é de bom tom? Mas os produtos deles também são consumidos pela comunidade negra”, disse.

Fundado em 1º de janeiro de 1974, o Ilê Auiyê luta para manter sua cultura enfrentado a concorrência dos grandes trios elétricos que, por terem uma proposta mais comercial, acabam atraindo os patrocinadores privados. O Ilê teve os custos do seu carnaval desse ano patrocinados com recursos de um banco privado e pela Petrobras. Além da atividade carnavalesca o bloco mantém cursos regulares de ensino fundamental, além de cursos profissionalizantes.

Após receber as bênçãos dos orixás, na cerimônia religiosa sempre comandada pela Mãe Hilda Jitolu, considerada mentora espiritual do bloco, e que dá início ao desfile do Ilê Aiyê no carnaval, o bloco saiu da Liberdade com cerca de10 mil integrantes, agitando os foliões pelas ruas do bairro. “A cerimônia é uma oferenda aos donos da rua e um pedido de passagem. Oferecemos farofa, pipoca e milho branco, comidas que carregam energia boa”, explicou Macalé, antigo integrante do Ilê Auiyê.

Mãe Hilda comanda o Terreiro de Candomblé Ilê Axé Jitolu, localizado nos fundos de sua casa, na Ladeira do Curuzu. Nesse lugar nasceu o Ilê. O samba ijexá é o ritmo do Ilê Aiyê. Uma mistura de samba com o ritmo dos terreiros de Candomblé, que contribuiu para revolucionar o carnaval baiano na década de 70. A batida do Ilê, como é chamado na Bahia, contribuiu para fortalecer os ritmos oriundos da tradição africana.

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