EU AINDA PREFIRO A TESE DE QUE É PARA AJUDAR DANTAS QUE A VEJA ESCREVE, NA MAIORIA DAS VEZES

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Ontem eu li e comentei uma interessante postagem feita pelo Jornalista Luiz Antonio Magalhães para o Observatório da Imprensa, mas que também foi publicada em seu blog, o Entrelinhas.

É uma tese interessante a levantada pelo Luiz Antônio, mas devo confessar que acho que os caras lá da Veja devem ficar às gargalhadas, não pelo conteúdo do seu trabalho, mas pelo que todos nós fazemos para decifrar os interesses da Veja. Leia a seguir a reprodução que faço do primeiro parágrafo do texto e aqui para ler ele completo.

"Observar a revista Veja é paradoxalmente fácil e difícil a um só tempo. Fácil, porque a principal publicação semanal do país há muito se transformou em um panfleto ideológico, deixando em segundo plano o jornalismo propriamente dito. Difícil, porque muitas vezes é complicado perceber qual a exata motivação da revista em certas matérias. Pode ser uma coisa, mas também pode ser outra, e não adianta procurar a resposta nas entrelinhas ou nos recados passados ao logo do texto, a resposta só poderá ser encontrada mesmo na redação, no prédio da Editora Abril."

Pode até ser, mas eu prefiro a tese do Jornal Hora do Povo (abaixo), que por mais que faça sentido o que Luiz Antônio articula, o que vejo no rebuscamento das matérias da Veja, não passa de um embuste para confundir, ou melhor dizendo, para "despistar" os olhares. É bandidagem jornalística pura, direta e sem medo de se apresentar como tal. E só mais uma coisa, essa estória de três autores para a mesma matéria, para mim não é trabalho colaborativo porra nenhuma, parece mesmo com aquela estratégia que é adotada nos pelotões de fuzilamento, onde só um dá o tiro mortal, mas se faz necessária a presença dos outros atiradores para dissuadir a culpa. É conveniência pura, pois ninguém quer ser chamado de pistoleiro de reputação sozinho, exceto para psicopatas como Diogo Mainard e Reinaldo Azevedo.


“Veja” continua campanha pró-Dantas

A última edição da “Veja” saiu, no final de semana passado, com mais uma matéria que busca desqualificar as provas obtidas durante a Operação Satiagraha sobre os crimes da quadrilha de Daniel Dantas, do Grupo Opportunity. Dantas foi condenado, em dezembro passado, a dez anos de prisão em regime fechado por corrupção ativa e tentativa de suborno a um delegado da Polícia Federal que atuou na investigação.

Segundo “Veja”, informações retiradas do computador pessoal de Protógenes Queiroz, que comandou a primeira fase da Satiagraha, revelariam que o delegado teria reunido documentos restritos da operação, que poderiam ser usados para constranger e intimidar autoridades do governo, senadores, políticos e o presidente do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes. A matéria também tenta implicar o juiz Fausto de Sanctis, que despachou mandato de prisão contra Dantas, além do Ministério Público.

A publicação alega ter tido acesso aos documentos de um inquérito da corregedoria da Polícia Federal, que corre sob segredo de Justiça, e apura supostos abusos do delegado Protógenes na condução da Satiagraha.

O delegado da PF rebateu as acusações da matéria, afirmando que no computador apreendido em sua residência havia apenas informações pessoais e informações de menor importância sobre a investigação policial. A Operação Satiagraha resultou, à época, na prisão de Daniel Dantas, libertado logo em seguida por habeas corpus concedido pelo presidente do Supremo, Gilmar Mendes.

“Nós vivíamos um período pós-operação e isso é comum: a autoridade policial guardar pequenos fragmentos para servir às próprias autoridades quando lhe é convocado a informar”, declarou Protógenes. De acordo com o delegado, ainda foram apreendidos alguns pen-drives no hotel em que ele estava com “poucos documentos e materiais referentes a atividades de inteligência vinculadas à operação”.

O delegado cobrou uma apuração sobre quem teria fornecido a “Veja” documentos de “um inquérito policial sigiloso”. “Outro ponto relevante e significativo é que todos os documentos encontrados (na apreensão) foram coletados no estrito cumprimento da lei e da Constituição da República”, ressaltou Protógenes.

O juiz responsável pelos processos da Satiagraha, Fausto de Sanctis, da 6ª Vara Federal Criminal de São Paulo, também condenou a matéria de “Veja”. “Em momento algum este magistrado foi objeto ou está sendo objeto correcional por atuar em ‘consórcio’ com esta ou aquela instituição ou parte”, diz. Segundo “Veja”, De Sanctis está sendo investigado pela corregedoria da Justiça Federal por supostas “irregularidades” na condução do caso.

O juiz classificou como “desmedida e injustificada interferência na atividade jurisdicional, não podendo dar causa a temor e terror infundados, inconseqüentes e sem precedentes, que depõem contra a busca da verdade”.

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