O JORNALISMO BOBALHÃO DE GUILHERME FIUZA

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Esta postagem estava largada às traças nos meus rascunhos. Eu a escrevi pela primeira vez bem no comecinho de janeiro, mais precisamente no dia 02, tão logo me dei com sua coluna na revista época. Mas, depois de pensar um pouco, eu a deixei pra lá, pois achei que não valia à pena o esforço. Hoje, mais uma vez, cheguei ao seu blog por acidente e, desta vez, através da leitura de um dos blogs que acompanho aqui no Língua. Nada diferente, tão bisonho, raso e bobalhão como antes. Mas, entre as escolhas para deletar ou publicar, optei pela segunda alternativa, pois acredito que encontrarei quem compartilhe comigo da mesma impressão que este bocó me causou. Além do mais, o último artigo que li é uma pérola. Seu autor, no afã de criticar a Ministra Dilma Roussef, acaba por retratar a si próprio, um clicheteiro de marca maior, um fantoche a serviço de seus patrões.

Quem sabe? Pode ser que hoje eu tire a sorte grande e comece a semana com o pé direito, vamos ver.

Receita para fazer jornalismo bobalhão

A receita para a prática do que chamo jornalismo bobalhão é simples, basta ter um espaço num jornalão ou revista da mídia golpista, distinguir consoante de vogal e falar mal do Presidente da República, do PT e de tudo que faz o Governo, mesmo quando os fatos lhe neguem esta possibilidade.

Não para por aí, pois a maior virtude de um bom jornalista bobalhão é se inspirar em outros bobalhões mais graduados e, reverberar toda a baboseira que seus mentores falam ou escrevem. Não pode faltar, ainda, aquele manjado ambiente de interatividade onde ávidos leitores depositam mais um outro tanto de bobagens, teses escatológicas, ofensas pessoais e piadas do gosto duvidoso.

Guilherme Fiúza, no fundo, no fundo, não passa de mais um enchedor linguiça. Dotado de um raciocínio precário ele é repetitivo à exaustão e, devo complementar, digno de quem escreveu a obra prima "Meu nome não é Johnny", a autobiografia do primo traficante de cocaína que conseguiu dar um olé na justiça e escapar de tomar uma cana ajeitada. Mas confesso que, até certo ponto, a leitura do seu blog na Época é esclarecedora, pois nos dá uma noção perfeita do perfil e do raciocínio dessa gente que gosta de Veja, Isto é e, em particular, de toda porcariada que é produzida pelas organizações Globo.


Lá vai o fantoche
Sex, 27/02/09

Todos os repórteres do Brasil estão convocados para a brincadeira mais divertida do ano: o questionário da Dilma.

Andem atrás da ministra-candidata e perguntem sobre tudo a ela. A graça do jogo é descobrir que a resposta é sempre a mesma. Só muda a forma do vazio categórico.

Dilma Rousseff, a possível futura presidente do Brasil, não sabe o que dizer sobre as denúncias de Jarbas Vasconcellos e a crise no PMDB. Mas reage aos jornalistas com a firmeza plastificada de sempre: “Ora, tenham dó!”

Claro que sai dali e vai tentar ensaiar um discurso com tio Lula. Mas aí é tarde. A próxima pergunta é sobre os 50 milhões de reais repassados pelo governo a movimentos invasores de terra. Ela também não sabe o que dizer. Mas é categórica: “Nós não operamos com nenhuma ilegalidade”.

É uma espécie de resposta multiuso, que aliás serviria também para a pergunta anterior. O que a senhora acha das bandalheiras apontadas pelo senador Jarbas no maior partido da base do governo? “Nós não operamos com nenhuma ilegalidade”.

É simplesmente perfeito. Como os outros candidatos não pensaram nisso antes? E a primeira resposta também vale para a segunda pergunta. Ministra, o governo está ciente de que já repassou cerca de 50 milhões de reais a entidades que promovem invasões de propriedades? “Ora, tenham dó!”

Dilma, a gerentona, a mãe, a tocadora de obras, essa verdadeira curinga da mistificação política, não sabe nada. Mas é categórica. Enrolar sim, mas sempre com veemência.

Quando foi entrevistada por Jô Soares, não olhava para o entrevistador, nem para a câmera. Seu olhar ficava parado, fixo em algum ponto do horizonte, como uma espécie de esfinge estatal. Voltava-se para Jô, recitava alguma numeralha falsa do PAC, e retornava à posição de estátua. Repórteres, divirtam-se com essa ministra andróide.

Sugestão aos coleguinhas de Brasília: no próximo comício palaciano de Dilma Rousseff, perguntem se ela aceitaria dinheiro do fundo de pensão de Furnas para sua campanha.

4 comentários:

Unknown disse...

Luiz,você disse tudo. Lamento o espaço que você concedeu ao idiota. Não merecia, nem merece aparecer aqui, sua audência é ótima. E carinhas fantoche devem ser ignorados. Não sei se você assistiu a entrevista na FIE$P.Foi transmitida pela NBR. Lula e o Primeiro Ministro da Holanda. Seriam quatro perguntas, Lula pediu aos jornalistas que o tema fosse sobre a visita do Primeiro Ministro. Todos mantiveram o padrão. Quem falhou ? Um retardado da "grobo", perguntou ao Lula o que ele diria sobre a invasão e as declarações do cara lá do supremo, aquele que decidiu ser deus. Pode? Abs Yvy

Lingua de Trapo disse...

Tens razão Yvy, eu deveria ter deletado.

Anônimo disse...

Quaquausqhuahuahuahua! A Ministra não sabe o que responder sobre as denúncias do Marajarbas? Duvido! Aposto que ela respondeu assim: Tá devolvido para ele através das denuncias do deputado do PMN de PE. Estas bestas qeu se dizem jornalistas escrevem para quem? Estas bestas reaças da mídia tupiniquim já tão Dilmais!

Ruy Barbosa Maciel- Governador Valadares MG

Lingua de Trapo disse...

Rui, durou muito pouco a alegria do bobalhão, volte sempre ao Língua de Trapo

 

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