Estilista Glória Coelho dá declaração racista
Por F. Rosa 13/04/2009 às 15:01
Em declaração para o jornal Folha de São Paulo, estilista Gloria Coelho expressou idéias racistas ao falar de sua opinião a respeito de proposta do Ministério Público de determinar cotas de modelos negros no evento São Paulo Fashion Week.
No Domingo dia 12 de Abril de 2009, a Folha de São Paulo publicou em seu caderno Cotidiano a notícia: "Promotora quer cota para negros em desfiles de moda".
A estilista Gloria Coelho foi uma das entrevistadas sobre a proposta de cota, e a declaração dela foi a seguinte:
"na Fashion Week já tem muito negro costurando, fazendo modelagem, muitos com mãos de ouro, fazendo coisas lindas, tem negros assistentes, vendedoras, por que têm de estar na passarela?"
A reportagem aponta que ?No Brasil, 49,7% da população é composta por negros e pardos, segundo o último censo do IBGE (de 2007)?, mesmo assim ?apenas oito dos 344 modelos que desfilaram na [última edição do] SPFW eram negros - 2,3% do total?.
O racismo que aflora através das palavras da estilista Glória Coelho pode ser uma das explicações para esse número tão pequeno. Glória cita apenas posições de assistência a ela ? costureiros e modelistas trabalham para transformar em roupa o desenho de um estilista, assistentes e vendedores trabalham com a roupa pronta. À Glória não interessa um negro estilista. Tampouco uma modelo negra, a pessoa que apresenta suas roupas para o público, que será fotografada usando suas criações. Diz Glória: ?Nosso trabalho é arte, algo que tem de dar emoção para o nosso grupo, para as pessoas que se identificam com a gente?. Então nesse grupo que ela quer emocionar, não tem nenhum negro?
Querendo ou não, modelos são representantes do padrão de beleza da sociedade. No Brasil, talvez atrizes e cantoras sejam mais representantes desse padrão que as modelos. Porém, quando se trata de promover cosméticos e roupas, produtos usados por mulheres para se fazerem bonitas, as modelos alvas é que são usadas. E é aí que vive o racismo na moda.
Por F. Rosa 13/04/2009 às 15:01
Em declaração para o jornal Folha de São Paulo, estilista Gloria Coelho expressou idéias racistas ao falar de sua opinião a respeito de proposta do Ministério Público de determinar cotas de modelos negros no evento São Paulo Fashion Week.
No Domingo dia 12 de Abril de 2009, a Folha de São Paulo publicou em seu caderno Cotidiano a notícia: "Promotora quer cota para negros em desfiles de moda".

"na Fashion Week já tem muito negro costurando, fazendo modelagem, muitos com mãos de ouro, fazendo coisas lindas, tem negros assistentes, vendedoras, por que têm de estar na passarela?"
A reportagem aponta que ?No Brasil, 49,7% da população é composta por negros e pardos, segundo o último censo do IBGE (de 2007)?, mesmo assim ?apenas oito dos 344 modelos que desfilaram na [última edição do] SPFW eram negros - 2,3% do total?.
O racismo que aflora através das palavras da estilista Glória Coelho pode ser uma das explicações para esse número tão pequeno. Glória cita apenas posições de assistência a ela ? costureiros e modelistas trabalham para transformar em roupa o desenho de um estilista, assistentes e vendedores trabalham com a roupa pronta. À Glória não interessa um negro estilista. Tampouco uma modelo negra, a pessoa que apresenta suas roupas para o público, que será fotografada usando suas criações. Diz Glória: ?Nosso trabalho é arte, algo que tem de dar emoção para o nosso grupo, para as pessoas que se identificam com a gente?. Então nesse grupo que ela quer emocionar, não tem nenhum negro?
Querendo ou não, modelos são representantes do padrão de beleza da sociedade. No Brasil, talvez atrizes e cantoras sejam mais representantes desse padrão que as modelos. Porém, quando se trata de promover cosméticos e roupas, produtos usados por mulheres para se fazerem bonitas, as modelos alvas é que são usadas. E é aí que vive o racismo na moda.
3 comentários:
Leve a mau, porque não vi preconceito no comentário, li um opnião, que pode ser interpretada como uma visão errada, mas racismo é pesado demais. Mas cada um cada dois!
E agora ??? E elite desvairada não é preconceituosa, separatista e excludente???
E quem disse que este post tem a ver com isso, pois eu acabo de chamar um atleticano de cachorro, assaliado, analfeto e favelado da periferia, que nem metro tem para ir embora (vai de ônibus vermelhão) e ele ainda disse que era meu amigo. É tudo uma questão de opinião, você tem razão, mas eu não quero que os filhos dele brinquem aqui em casa.
Postar um comentário