UM AMBIENTE DEMOCRÁTICO DE VERDADE É ASSIM SENHOR PUXA SACO ANÔNIMO, OU SE PREFERIR, "BABA OVOS ANÔNIMO"

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Pois é Sr. Anônimo, tanto assisti quanto resolvi postar a sugestão feita em seu comentário o qual reproduzo a seguir.

Anônimo deixou um novo comentário sobre a sua postagem "AÉCIO NEVES, UMA FRAUDE AMBULANTE":

Bom, eu queria fazer um comentário, mas não sei se esse ambiente aqui é muito democrático e vcs vão aceitar divulgar meu comentário... Vou tentar: o que eu queria dizer é que um bom líder agrega em sua equipe bons profissionais para todos trabalharem, cada um com seu papel. E não há nada de errado com isso vc não acha? Acho que Aécio cumpre o seu papel no Governo de Minas e talvez seja por isso que ele tem um bom índice de aprovação. Acho que ele tem postura que um líder deve ter. Gostaria de sugerir um vídeo que mostra o Aécio durante um evento de sustentabilidade em BH. O que vcs acham deste vídeo? Obrigada. http://www.youtube.com/watch?v=N-MniD0pmwM

Mas aproveitei, também, para reproduzir o editorial publicado em 20/09/2009 pelo "articulista" do Jornal O Tempo, o Sr. Vittorio Medioli, aliado de Aécio Neves e, como ele próprio disse, seu representande para assuntos entre Minas e a Itália.
Ora se eu não sei o porquê o Sr. Medioli escreveu isso, mas convenhamos, muito bem serviu este editorial para desmascarar esta montagem feita pela turma coordenada pela Sra. Andréa Neves e postada no YouTube.


O Estado não conhece, nem quis conhecer o Jaíba


O Norte de Minas merece respeito

Na página 10 desta edição aparece foto de quatro meninos frente à tapera de adobe. Dez metros quadrados marcados de paredes em ruína, cobertos de lona e folhas de palmeira. Calor de 40 graus das 8h até as 17h, e temperaturas incômodas de meia-noite até o alvorecer. Ventos intensos formam redemoinhos de folhas secas e poeira.

Diversão nem falar, luz elétrica nenhuma, não há um livrinho ou caderno, um lápis, um papel. Chamam atenção a magreza, braços e pernas fininhos, descalços, pouca ou nenhuma roupa, assim como grande parte das crianças que vivem na região.

Crianças que sobrevivem, Deus sabe como, dormindo sobre camadas de palha, alimentando-se uma vez por dia de farinha molhada. Que chupam cana quando a encontram. Raramente, chegam frutas.

Na tapera não tem filtro, a água vem de longe, em latas, tirada de um pântano da mata ciliar. Na mata tem onça, jiboia, jacaré, nas áreas não encharcadas a cascavel e o escorpião são as ameaças mais comuns. Mas tem também barbeiros, pulgas, mosquitos, morcegos hematófagos etc.

A desnutrição pode afetar a capacidade psíquica. As alterações provocadas pela carência alimentar, pelo sofrimento, marcam a existência inteira.

Os pés confessam que nunca usufruíram de uma simples havaiana, nem escova de dente. Tomam banho na "lata" sem sabão, não conhecem médico, não tiveram noções de higiene preventiva. As febres são tratadas com folhas, raízes e rezas. Falar de carinho da mãe atormentada é como falar dos satélites de Netuno. Existem, mas ninguém vê.

Na década de 70, o ditador Ernesto Geisel - que essa juventude nunca ouviu falar -, lançou a pedra fundamental do Projeto de Irrigação do Jaíba. Passaram 34 anos de esforços, sacrifícios e investimentos públicos que deveriam gerar 250 mil empregos. Obra gigantesca, de quem enxerga grande e de frente para o desenvolvimento, como grande é o nosso país e são imensas suas necessidades.

Trata-se do único projeto estruturante na região mais castigada de Minas, caso dê certo, tirará milhares de pessoas da tapera, da subnutrição, da vida degradante. Gastou-se mais de um bilhão de reais, atualizados já passam de 2,5 bilhões. Alguns empreendimentos privados acrescentaram nos últimos três anos outros 500 milhões. Saiu-se da fase embrionária (mas quanto custou!) e 8.000 pessoas estão empregadas em volta do projeto. Porém, existem multidões aguardando os 240 mil empregos previstos para virar uma página da história. Seria um triunfo para qualquer governante dizer: "Dei pão e emprego a essa gente que mais sofria".

Se as dificuldades naturais até hoje foram enormes devido a natureza do semi-árido, as chuvas que não passam de 600 mm por ano, ao solo pobre, à grande distância das capitais, sem dúvida o pior entrave veio pela mão do homem e pelo governo de Minas que lançou seus tentáculos à procura de arrecadação extemporânea, feita de burocracia, abusos e terror.

Esse mesmo Estado, faz do ambientalismo um pretexto arrecadatório virando as costas para a "sustentabilidade", palavra-chave no mundo que tem obrigação de alimentar e satisfazer bilhões de indivíduos conciliando homem e natureza, biodiversidade e emissões de efeito estufa.

Entretanto, a Secretaria de Meio Ambiente, norteada por um pensamento desatualizado, agarra-se à biodiversidade, mais compreensível às massas incultas e nada se importa com as causas principais do aquecimento global, ligadas a queima de combustíveis fósseis. Aliás, o governo de Minas mantém na estratosfera a alíquota de ICMS do etanol (energia renovável) para estimular o consumo de combustíveis fósseis que arrecadam mais e estragam o planeta. Já falou disso o secretário de Meio Ambiente? Daí se apresenta o grau de comprometimento dele com o planeta.

Mas como produzir para satisfazer a demanda de empregos, de alimentos cada vez mais caros, de bens de primeira necessidade para bilhões de pessoas? O ambientalismo tapado de Minas se exalta em multar desregradamente, valores 25 vezes superiores à aquele da terra. Estultice.

Um secretário de Estado, ex-ministro, que às custas do erário viaja em classe executiva, frequenta ótimos hotéis, nunca teve tempo em sete anos como secretário de Aécio Neves de visitar o projeto Jaíba a 620 km de Belo Horizonte. Conhece a Escandinávia, mas não o Jaíba.

No Jaíba, um lote recebeu multa de R$ 48.850 por hectare. Com essa atitude, evidentemente, aspira a um cargo na ONU.

Mas esse ex-ministro poderoso foi pilhado enviando aos comandados, e-mail, orientando negar licenciamentos e nessa vala jogar as esperanças de uma região castigada.

Ele já tinha enjaulado o projeto Jaíba, que parece detestar, há dois anos com burocracia bizantina e paranóica, multas arrasadoras, processos de ordem criminal contra inocentes dentro do perímetro de irrigação. Escorchando ainda com taxas, multas, impondo custo de inventário e, "dulcis in fundo", lucros indústria ambientalista.

Fazer dinheiro para os órgãos que deles dependem é o que importa, comprar camionetes caras que mofam em garagens e helicópteros com o sugestivo nome de Guará 1 e 2, lobos. Lobos que voam para escorchar pobres e menos pobres com multas descabidas, mas tolerar a devastação das Reservas Biológicas do Jaíba. Ora, mais esse golpe de ambientalismo perverso? De omissão, como mostrou a edição de ontem, com a biodiversidade? Os excessos punitivos ou excessos de exação (art 316 código penal) levam os produtores do Jaíba, criminalizados por ele antes de defesa prévia, a decidir criminalizá-lo. O chumbo, quando trocado, dizem que não dói.

As alegações para manter o bloqueio do Jaíba e do desenvolvimento do Norte, nos últimos quatro meses, se apoiaram em leis mal redigidas, interpretadas por despreparados, guindados aos cargos mais altos da República. Passou a exigir aos donos dos lotes dentro do Projeto, que custou 34 anos de esforços e bilhões de investimentos, uma declaração de Interesse Social ou de Utilidade Pública, assinada pelo governador que lhe deu mandato. Surreal como uma declaração de virgindade de Nossa Senhora ou de boa fé de Jesus Cristo.

Nesse desesperador e pantagruélico emaranhado gerado pelo Estado, o resultado concreto foi espantar oportunidades de desenvolvimento e colocar o Jaíba no inferno.

O projeto concebido para estruturar econômica e socialmente uma região paupérrima, listados entre as 30 prioridades do governo Aécio Neves, é bom lembrar que teve origem em convênio assinado pelo governo federal e o governo estadual. Inútil e redundante o pedido de atestado de Interesse Social ou Utilidade Pública, exigido agora. Esse tipo de atestado é necessário apenas para entidades privadas. União e Estados, em suas decisões, dispensam o atestado, pois fossem obrigados a certificar alguns atos desqualificariam os demais. A conversa, além de estéril, desrespeita a inteligência de quem é obrigado a ouvi-la. É um nó górdio, indigno de ser desatado. Uma burla que tem que ser cortada com um golpe decidido.

O secretário que gerou esse inferno, justo seria se mudar para uma tapera do Jaíba e não sair de lá até encontrar uma solução.

A realidade é que o povo do Norte está esgarçado pelas ofensas, incapaz de tratar com gente de muita arrogância e nenhuma compaixão. Está no limite da legítima defesa contra o ambientalismo esnobe. Descabido, deletério e cruel.

O Estado não conhece, nem quis conhecer o Jaíba. Federalizar o Jaíba nunca será pior do que tratar com o Estado inimigo do único projeto que poderá mudar a região e tirá-la da miséria.

Governo precisa entender: não é dono de Minas. Dono é seu povo.

E-mail: vittorio.medioli@otempo.com.br

Publicado em: 20/09/2009


E leiam também os comentários, pois é costume do Língua matar a cobra e mostrar o pau!


» Comentarios
Uma rara atitude de ataque ao governo estadual partindo da "imprensa normal" mineira. Apesar do seu dono ser um dos empresários do projeto, quem sabe daí não sai algo de útil. Tomara que não comecem a cassar este jornal também, como já feito antes.

Leão da montanha
X - 21/09/2009 - 12:10:52



Parabéns pelas suas palavras lúcidas, oportunas e reveladoras de uma situação cruel vivida pelos mineiros que habitam uma área dependente de projetos agrários para superar ecossistema hostil. A luta para evitar o colapso do planeta não pode ignorar a sobrevivência da principal espécie, principalmente quando ela enfrenta pressão de corporações político-econômicas para manter sua indigência, satisfazendo os interesses de governantes omissos, retrógrados e manipuladores das técnicas de dominação de eleitorado excluído das conquistas modernas.

Gilda de Castro
Belo Horizonte - 21/09/2009 - 08:28:58



Bom dia ! Admirável a sua campanha de alerta sobre o que acontece fora do foco de exaltação ao governo . Como é possivel admitir que os nossos representantes no parlamento não convoquem com urgência para ser ouvido o secretário José Carlos ? É o mínimo que se podia esperar de uma Assembléia .

José Eduardo Diniz
20/09/2009 - 10:00:30



Prezado Senhor, Não será "José Carlos Carvalho", o nome desse ex-ministro e atual secretário em Minas? Pelo que eu tenho acompanhado nas páginas de "O Tempo" essa figura que conhece a Escandinávia mas nunca foi ao Jaiba; que andou enviando correspondência aos subaternos para arrochar ainda mais o povo da roça, parece ser ele. Mas ele não tem culpa. Culpado é o governador Aécio que tirou a figura do ostracismo e deu-lhe poder.

Luiz Viana David
Pará de Minas - 20/09/2009 - 07:31:48

1 Comentário:

Daniel disse...

Como já disse aqui (e assinei), não vejo diferença entre o forma de Governar (seja na área social, econômica e na corrupção) do PT e PSDB. Um é reflexo do outro. Um abraço.

http://contesta-acao.blogspot.com

 

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