Lambido do Novo Jornal
Não param os escândalos envolvendo o deputado Alberto Pinto Coelho (PP). Agora seu avião envolveu-se em tráfico de droga
Não param os escândalos envolvendo o deputado Alberto Pinto Coelho (PP). Agora seu avião envolveu-se em tráfico de droga
O presidente da Assembleia Legislativa mineira, deputado estadual Alberto Pinto Coelho (PP-MG), vem acumulando um passivo de práticas delituosas que, segundo setores policiais, o transformou em Chefe do Crime Organizado em Minas Gerais.
Comportamento idêntico ao de ex-presidentes de outras casas legislativas de Estados vizinhos que acabaram presos. Esta é a opinião de uma força-tarefa criada para cruzar dados e analisar os diversos inquéritos instalados no País, que envolvem autoridades dos três poderes.
O objetivo deste “cadastro” será o de fundamentar a Justiça Eleitoral em decisões relativas à polêmica “lista suja”.
As acusações contra Pinto Coelho vão desde a utilização de prestígio para defender e viabilizar enormes crimes fiscais, como apurado na investigação da Polícia Federal, denominada “Operação Cevada”, onde escutas telefônicas autorizadas pela Justiça flagraram “sua excelência”, deputado Alberto Pinto Coelho, conversando com seu sócio Otacílio Araújo Costa, sobre a utilização de seu avião para o tráfico de drogas.
No caso do crime fiscal, caminhões da Dismar Distribuidora, empresa de Otacílio Costa, que transportavam produtos da Schincariol com notas fiscais irregulares, vinham sendo parados nos postos de fiscalização em Minas.
Coelho prometeu telefonar para os diretores de fiscalização para colocar fim às dificuldades.
As dificuldades acabaram.
Na “máfia dos combustíveis” sua participação, já narrada pelo Novojornal, chega a ser constrangedora. Porém, o pior estava por vir.
O deputado Alberto Pinto Coelho teria em sociedade com o empresário Otacílio Araújo Costa um avião e a aeronave foi flagrada sendo utilizada para o tráfico de drogas.
É isso mesmo. A desculpa do deputado foi: “Já tinha vendido o avião.”
Evidente que cabe a pergunta:
- Por que a Polícia Federal não faz em Minas o que tem feito no resto do País?
Realmente não temos respostas, mesmo porque o papel do Novojornal é apenas de noticiar.
A Polícia Federal entende que já fez seu trabalho. Entretanto, cabe constatar que a “Operação Cevada” apenas para apurar sonegação fiscal ganhou outra dimensão.
Nas gravações autorizadas pela Justiça, a força-tarefa acabou esbarrando em conversas suspeitas sobre outros negócios, incluindo autoridades.
Anderson Adauto, ex-ministro dos Transportes do governo Lula e atual prefeito de Uberaba, no Triângulo Mineiro, aparece nos grampos. Ligado a um dos cabeças do esquema de sonegação está o empresário Otacílio Costa, que usava o codinome de “José”.
Ele distribuía produtos da Schincariol nas regiões Sul e Sudeste, como narrado anteriormente, lançando mão de expedientes pouco ortodoxos, como notas frias e esquemas para driblar a fiscalização nas estradas.
Otacílio tinha contato direto com toda a direção da cervejaria e remetia R$ 1 milhão, em dinheiro, mensalmente aos chefes.
Adauto é amigo de Otacílio e chegou a alugar uma casa em Porto Seguro em sociedade com ele. A investigação revela um diálogo curioso entre os dois.
Em um dos trechos da conversa, ocorrida em setembro de 2004, Otacílio conta a Adauto que determinado processo está parado. Otacílio diz que conversou com o deputado federal Gilmar Machado (PT-MG) e pediu uma solução para o problema na Petrobras. Otacílio conta então que deu R$ 15 mil a Gilmar. E Adauto pergunta: "Você acha que ele queria 20?”
Ao ser questionado pela reportagem da revista Época, o ex-ministro teve uma reação ainda mais surpreendente.
Na primeira conversa, negou qualquer possibilidade de propina, disse que não se lembrava dos diálogos com Otacílio nem de ter apresentado o empresário ao deputado Gilmar Machado.
Quinze minutos depois, Adauto ligou para a redação da revista e se corrigiu. Já se lembrava melhor dos fatos. Desta vez, disse que havia pedido uma colaboração financeira para a campanha de Machado à Prefeitura de Uberlândia em 2004. E que Otacílio precisava de um intermediário, no caso o deputado Machado, para falar na Petrobras.
Otacílio queria abrir uma distribuidora de combustíveis no Triângulo Mineiro, diz Adauto. Gilmar Machado também mudou de opinião.
Ao ser questionado pela Época, o deputado inicialmente negou conhecer Otacílio. Quando a reportagem esclareceu que se tratava do empresário preso pela “Operação Cevada”, a memória voltou.
"Ele me foi apresentado pelo Anderson Adauto. Queria abrir uma distribuidora de combustíveis em Uberlândia”. O deputado diz ter encaminhado o pedido por escrito ao chefe de gabinete da presidência da BR Distribuidora, Diego Hemandez. "Mas não recebi nenhum centavo", diz. "Não trabalho informalmente.”
O deputado Gilmar Machado é o vice-líder do governo no Congresso Nacional e atuou como relator do Orçamento da União.
Inacreditável o quanto a política mineira encontra-se desmoralizada. Outrora havia a enorme preocupação dos políticos com seu ciclo de amizade, tudo para evitar envolver-se em escândalos.
Essa cautela foi substituída pela displicência e ausência total de pudor nos pleitos de suas “bases eleitorais” apresentados ao governo.
As pendências por práticas de crimes e contravenções passaram a ser “resolvidas” pelos legisladores. Transformaram-se em despachantes dos crimes.
O que pesa contra o deputado Alberto Pinto Coelho e comprovado por seu comportamento dentro do legislativo mineiro na defesa e articulação de interesses de outros deputados que comandam esquemas de corrupção e descaminho nas diversas áreas criminais.
Na “Operação Cevada” foram apreendidos documentos e computadores da Rede Brasil e Petróleo Ltda. e Rede Brasil Participações S/C. A transcrição dos HDs encontra-se trancada a sete chaves na Polícia Federal.
O deputado Alberto Pinto Coelho, junto com outras autoridades mineiras, teria sido sócio oculto nas empresas.
Cópia do despacho do Mandado de Segurança impetrado pela Rede Brasil e Petróleo Ltda. na tentativa de reaver os HDs aprendidos
Comportamento idêntico ao de ex-presidentes de outras casas legislativas de Estados vizinhos que acabaram presos. Esta é a opinião de uma força-tarefa criada para cruzar dados e analisar os diversos inquéritos instalados no País, que envolvem autoridades dos três poderes.
O objetivo deste “cadastro” será o de fundamentar a Justiça Eleitoral em decisões relativas à polêmica “lista suja”.
As acusações contra Pinto Coelho vão desde a utilização de prestígio para defender e viabilizar enormes crimes fiscais, como apurado na investigação da Polícia Federal, denominada “Operação Cevada”, onde escutas telefônicas autorizadas pela Justiça flagraram “sua excelência”, deputado Alberto Pinto Coelho, conversando com seu sócio Otacílio Araújo Costa, sobre a utilização de seu avião para o tráfico de drogas.
No caso do crime fiscal, caminhões da Dismar Distribuidora, empresa de Otacílio Costa, que transportavam produtos da Schincariol com notas fiscais irregulares, vinham sendo parados nos postos de fiscalização em Minas.
Coelho prometeu telefonar para os diretores de fiscalização para colocar fim às dificuldades.
As dificuldades acabaram.
Na “máfia dos combustíveis” sua participação, já narrada pelo Novojornal, chega a ser constrangedora. Porém, o pior estava por vir.
O deputado Alberto Pinto Coelho teria em sociedade com o empresário Otacílio Araújo Costa um avião e a aeronave foi flagrada sendo utilizada para o tráfico de drogas.
É isso mesmo. A desculpa do deputado foi: “Já tinha vendido o avião.”
Evidente que cabe a pergunta:
- Por que a Polícia Federal não faz em Minas o que tem feito no resto do País?
Realmente não temos respostas, mesmo porque o papel do Novojornal é apenas de noticiar.
A Polícia Federal entende que já fez seu trabalho. Entretanto, cabe constatar que a “Operação Cevada” apenas para apurar sonegação fiscal ganhou outra dimensão.
Nas gravações autorizadas pela Justiça, a força-tarefa acabou esbarrando em conversas suspeitas sobre outros negócios, incluindo autoridades.
Anderson Adauto, ex-ministro dos Transportes do governo Lula e atual prefeito de Uberaba, no Triângulo Mineiro, aparece nos grampos. Ligado a um dos cabeças do esquema de sonegação está o empresário Otacílio Costa, que usava o codinome de “José”.
Ele distribuía produtos da Schincariol nas regiões Sul e Sudeste, como narrado anteriormente, lançando mão de expedientes pouco ortodoxos, como notas frias e esquemas para driblar a fiscalização nas estradas.
Otacílio tinha contato direto com toda a direção da cervejaria e remetia R$ 1 milhão, em dinheiro, mensalmente aos chefes.
Adauto é amigo de Otacílio e chegou a alugar uma casa em Porto Seguro em sociedade com ele. A investigação revela um diálogo curioso entre os dois.
Em um dos trechos da conversa, ocorrida em setembro de 2004, Otacílio conta a Adauto que determinado processo está parado. Otacílio diz que conversou com o deputado federal Gilmar Machado (PT-MG) e pediu uma solução para o problema na Petrobras. Otacílio conta então que deu R$ 15 mil a Gilmar. E Adauto pergunta: "Você acha que ele queria 20?”
Ao ser questionado pela reportagem da revista Época, o ex-ministro teve uma reação ainda mais surpreendente.
Na primeira conversa, negou qualquer possibilidade de propina, disse que não se lembrava dos diálogos com Otacílio nem de ter apresentado o empresário ao deputado Gilmar Machado.
Quinze minutos depois, Adauto ligou para a redação da revista e se corrigiu. Já se lembrava melhor dos fatos. Desta vez, disse que havia pedido uma colaboração financeira para a campanha de Machado à Prefeitura de Uberlândia em 2004. E que Otacílio precisava de um intermediário, no caso o deputado Machado, para falar na Petrobras.
Otacílio queria abrir uma distribuidora de combustíveis no Triângulo Mineiro, diz Adauto. Gilmar Machado também mudou de opinião.
Ao ser questionado pela Época, o deputado inicialmente negou conhecer Otacílio. Quando a reportagem esclareceu que se tratava do empresário preso pela “Operação Cevada”, a memória voltou.
"Ele me foi apresentado pelo Anderson Adauto. Queria abrir uma distribuidora de combustíveis em Uberlândia”. O deputado diz ter encaminhado o pedido por escrito ao chefe de gabinete da presidência da BR Distribuidora, Diego Hemandez. "Mas não recebi nenhum centavo", diz. "Não trabalho informalmente.”
O deputado Gilmar Machado é o vice-líder do governo no Congresso Nacional e atuou como relator do Orçamento da União.
Inacreditável o quanto a política mineira encontra-se desmoralizada. Outrora havia a enorme preocupação dos políticos com seu ciclo de amizade, tudo para evitar envolver-se em escândalos.
Essa cautela foi substituída pela displicência e ausência total de pudor nos pleitos de suas “bases eleitorais” apresentados ao governo.
As pendências por práticas de crimes e contravenções passaram a ser “resolvidas” pelos legisladores. Transformaram-se em despachantes dos crimes.
O que pesa contra o deputado Alberto Pinto Coelho e comprovado por seu comportamento dentro do legislativo mineiro na defesa e articulação de interesses de outros deputados que comandam esquemas de corrupção e descaminho nas diversas áreas criminais.
Na “Operação Cevada” foram apreendidos documentos e computadores da Rede Brasil e Petróleo Ltda. e Rede Brasil Participações S/C. A transcrição dos HDs encontra-se trancada a sete chaves na Polícia Federal.
O deputado Alberto Pinto Coelho, junto com outras autoridades mineiras, teria sido sócio oculto nas empresas.
Cópia do despacho do Mandado de Segurança impetrado pela Rede Brasil e Petróleo Ltda. na tentativa de reaver os HDs aprendidos
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