Um comunicado distribuído há dois dias aos chefes de equipes médicas do hospital do Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Minas Gerais (Ipsemg) caiu como uma bomba para os servidores públicos que ontem (18) procuraram atendimento médico. No documento, o Ipsemg comunica que todas as cirurgias eletivas e consultas de qualquer especialidade médica estão suspensas "até nova determinação".
A nota diz ainda que o Plano de Contingência, já em vigor no hospital, manterá em funcionamento 141 leitos no hospital que só poderão ser usados para as solicitações de internação consideradas de urgência e emergência. No novo quadro clínico, o setor de pediatria terá apenas 18 leitos e as internações de obstetrícias e clínicas, 28 vagas.
Até a última segunda-feira, véspera do comunicado, segundo fontes ligadas à direção do Ipsemg, o hospital contava com 290 leitos de internação, número já bem inferior aos 540 leitos oferecidos antes de uma reforma iniciada há pelo menos um ano na ala A do hospital. A obra está prevista para ser concluída neste mês.
"Todas as cirurgias eletivas marcadas há dois e até há três meses estão sendo canceladas. Eles marcam, como se estivesse tudo normal, e depois ligam desmarcando", contou um profissional que atende em uma das equipes. Segundo o profissional, diante da redução de vagas de internação, a ordem no hospital é acelerar a alta de pacientes para desocupar os leitos.
A reportagem tentou, insistentemente, ouvir a direção do Ipsemg para esclarecer os motivos do fechamento dos leitos e responder as denúncias, mas a assessoria de imprensa do órgão não agendou as entrevistas solicitadas nem deu as informações pedidas por telefone e também via e-mail.
Outros funcionários do hospital ouvidos pela reportagem denunciaram que o fechamento dos leitos é consequência da diminuição no quadro de profissionais do Ipsemg, que há dez anos não realiza concurso.
No comunicado enviado, anteontem, às equipes médicas, a medida é explicada como fruto da transição do Contrato de Direito Administrativo (CDA) com a Fundação Hospitalar de Minas Gerais (Fhemig) para o Contrato Administrativo Ipsemg.
Atualmente, a Fhemig fornece funcionários ao hospital por meio de contratos. A assessoria da Fhemig explicou que os contratos não poderão ser renovados devido a mudanças na legislação estadual, que instituiu o processo seletivo simplificado.
Médicos reclamam da falta de materiais
Segundo um médico do Ipsemg, que prefere não ser identificado, a crise que o hospital da instituição enfrenta não está somente relacionada à falta de profissionais. Segundo ele, os médicos que ainda estão no Ipsemg não têm condições de trabalhar e enfrentam diariamente a falta de materiais básicos, como seringas, luvas e medicamentos.
“Estamos assistindo à agonia do Ipsemg. Convivemos com a falta de materiais para procedimentos básicos e de cirurgias. Quem sofre com isso é o nosso paciente”, conta.
Outro médico revela que grande parte do Centro de Terapia Intensiva (CTI) da instituição está inutilizada, pois não há profissionais suficientes para atuar. “O investimento em máquinas foi enorme, e todo esse dinheiro está sendo jogado fora. É muito frustrante saber que poderíamos salvar mais vidas, e não o fazemos por causa da falta de colegas”, denuncia o médico. As informações são do jornal O TEMPO.
8 comentários:
então língua, o dinheiro que deveria estar dando solução a este problema, está investido na bolsa de valores, para como diz o PiG, "maquiar", só que nesse caso, a incompetência administrativa de quatro, quero dizer, três governadores tucanos, e um outro cara aí que virou dado histórico para posteridade.
disseram que o MP já mandou um dar jeito na bandalheira!
http://www.brasilwiki.com.br/noticia.php?id_noticia=21963
O lixo, vai BEM, o que vai mal é a saúde, o dim...dim... foi para o mercado financeiro, esta bem aplicado.
Aqui no RS, a tucana Yeda perdeu muito em popularidade depois das denúncias de escândalos. (Ela também, como outros governadores tucanos, usaram o dinheiro do SUS para "ajeitar" as contas do Estado).
Pergunto a vocês que são mineiros: Como se explica o alto índice de popularidade do tucano Aécio, mesmo depois de todas essas denúncias?
Caro Anônimo Gaúcho, os mineiros são, em sua maioria, bossalizados estruturalmente. Nossos governantes, ao longo de uma supostamente gloriosa história, fizeram-nos acreditar num amontoado de mentiras ou, de meias verdades a respeito de nossos antepassados. Além do mais, se houver meia dúzia de blogueiros de primeira por aqui, como tem aí no sul, é muita coisa. Quanto a mim, o meu herói da chamada Inconfidência Mineira, é Joaquim Silvério dos Reis, o que delatou ao governo legal que existia no Brasil, o da Coroa, a turma que não gostava de pagar impostos e que pretendia dar um golpe, curiosamente, são os mesmos de hoje. Procure o livro "A devassa da devassa", de um certo historiador inglês que agora não me recordo o nome, que você irá me entender. Outro agravante é o PTismo daqui, boa parte no bolso do Sr. Aócio Neves, tal como a mídia reacionária das gerais. Precisa dizer algo mais? Obrigado
pela visita.
PS.: Mas nem tudo está perdido, temos a melhor cachaça do Brasil, o melhor pão de queijo, tutu de feijão, feijão tropeiro e muita mulher gostosa, sem falar nos docinhos.
Agora eu fui!
Inté!
Anônimo Gaúcho diz:
Obrigado pela resposta!
Adoro os mineiros (sem hipocrisia). Gosto muito mesmo.
Todos os mineiros que conheci eram carismáticos, gente boa, fraternos.
Até a próxima.
Caro Língua de Trapo,
talvez o termo imbecilizado para nós, mineiros, seja um tanto exagerado, quando, na verdade, estamos lidando com gente "especializada" em armações, ops, em recursos capazes de maquiar a verdade e manipular, chantagear, ameaçar qualquer um que se poste contra eles. No caso, obviamente, estamos falando da Governadora de Minas, Andr..., não, não: eu sei que nós temos é um Governador, um cabra macho, o Ah!ócio Never. Se alguém se animar, um passeio pela página da Assembléia de Minas poderá esclarecer o que a Conferência sobre Comunicação pensa do nobre Governador, principalmente em sua moções de repúdio (http://almg.gov.br/not/bancodenoticias/not_76775.asp). Calar o povo e seu verdadeiro desejo é fácil quando o PIG está a seu lado, ou melhor, a seu serviço.
Caro Anônimo Mineiro, sou seu conterrâneo, nascido em BH e, ex-empregado de empresa pública de Minas, assaltada e quebrada por esses safados que fazem política aí nas Geraes desde a época do império. Perdoe-me se "imbecilizado" te pareceu um termo exagerado mas, não vejo outro mais adequado para justificar os mais de 80% de aprovação do governo deste fantoche. Logo em Minas, o segundo estado mais rico da federação que, curiosamente, ostenta uma das regiões mais miseráveis do planeta, a dos nossos irmãos do vale do jequitinhonha. Isso tudo sem dizer que, aguerridos petistas de outrora, agora são sabujos desta matilha que domina nosso estado e, convivem pacificamente com ladrões de dinheiro público. Na PBH tem um tanto deles, nem preciso citar o Sr. Secretário de Finanças. Mesmo assim, obrigado pela visita e, desculpe-me os maus modos.
o que acontece não é imbecilidade, é o simples fato de denúncias contra o atual governo não circularem na mídia mineira, elas só passam fora do estado
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