"...A MÃE É O PIMENTEL"

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"Paternidade" de Lacerda provoca troca de farpas na Câmara de BHPetista presentes à sessão desta sexta-feira na Câmara Municipal de BH reagiram à declaração do senador Aécio Neves de que Lacerda é "cria nossa"

Publicação: 11/05/2012 16:55 Atualização: 11/05/2012 17:16
A declaração do senador Aécio Neves (PSDB) - dada nessa quinta-feira no Congresso Mineiro de Municípios -, de que o prefeito Marcio Lacerda (PSB) seria uma criação política dele, repercutiu nesta sexta-feira no plenário da Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH). Para a petista Neusinha Santos, a fala do ex-governador é um gesto de “arrogância” já que, segundo ela, a apresentação de Lacerda à população da capital teve a participação do partido dela, o PT. Ainda segundo a parlamentar, a fala causa dúvida quanto aos ideais políticos do atual prefeito. “Diante disso, é necessário exame de DNA para saber se ele [Marcio Lacerda] é tucano ou socialista”, questionou.

A vereadora ainda alfinetou o adversário político dizendo que a possibilidade de dar à luz é das mulheres. “Quem tem cria somos nós mulheres. Se ele [Aécio] é o pai, eu quero saber quem é a mãe”, alfinetou. Antes dela, o vereador João Bosco Rodrigues, conhecido como João Locadora (PT), também questionou a fala do senador tucano sobre a “paternidade” do atual prefeito. 

Em defesa de Aécio, o vereador Henrique Braga (PSDB), atacou o Partido dos Trabalhadores. Para ele, a legenda tinha que repensar o discurso adotado. “O PT tinha que ter vergonha de falar tanta bobagem”, disparou. Segundo Braga, Lacerda era apenas um “ilustre desconhecido”. Devolvendo a provocação, o vereador afirmou que se Aécio é o “pai”, o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, é a “mãe”. “Fernando Pimentel pegou na mão de um lado e o Aécio do outro e eles o apresentaram a BH. Então a mãe é o Pimentel”, ironizou. 

O vereador aproveitou o microfone para comentar o impasse sobre a coligação proporcional entre o PSB, que não aceita a coligação, e o PT, que alega ter aberto mão da chapa majoritária para, em troca, coligar proporcionalmente com os socialistas. Para Henrique Braga, as lideranças petistas na capital desistiram da disputa porque já ocupam cargos na administração. “Os petistas não querem disputar porque estão empregados e com a mamadeira na boca”, comentou. E emendou dizendo que “a coligação [proporcional] é uma exploração que o PT quer fazer com o PSB”. 

Reagindo ao discurso de Henrique Braga, a petista Nesinha Santos retomou a palavra para dizer que a coligação é fruto de uma negociação entre as duas legendas, PT e PSB. “A negociação está feita e está em documento. Quem não concorda, reclame com o Walfrido [Mares Guia, presidente estadual do PSB] ou com o bispo”, comentou. 

Já Alexandre Gomes (PSB) se limitou a dizer que o partido vai definir a questão durante a convenção que serpa realizada em 30 de julho.

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