Gilmar Mendes - sua vaca ainda vai para o brejo!

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As notícias de hoje sobre a economia brasileira são as melhores possíveis, mesmo diante da grave crise que assola o planeta. Mas não nos esqueçamos que este canalha, o comparsa de Daniel Dantas e de quase tudo que há de pior neste país, continua na Presidência do Supremo Tribunal Federal. Mantenham-se alertas.

Vazamento de relatório que especulava sobre escuta no STF teve participação de ex-funcionário de Gilmar

A página 281 da sentença que condenou Daniel Dantas a 10 anos de prisão, proferida pelo juiz Fausto De Sanctis, trouxe um novo elemento. Trata-se da sociedade entre Hugo Chicaroni, intermediário de Dantas na tentativa de suborno do delegado da Polícia Federal, Victor Hugo Ferreira, com o coronel Sérgio de Souza Cirillo, contratado por Gilmar Mendes, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), 23 dias depois de deflagrada a operação Satiagraha para montar um núcleo de inteligência na Corte.

Ambos são ligados a um instituto chamado “Sagres” e sua proximidade foi trazida à tona devido a nove ligações telefônicas trocadas pouco antes de Cirillo ser contratado por Gilmar Mendes, que desmontou a Coordenadoria de Segurança e Transportes, ligada à Diretoria Geral da casa, para criar a Secretaria de Segurança, diretamente subordinada a suas ordens.

Segundo reportagem da revista “CartaCapital”, do último final de semana, o vazamento do relatório inconclusivo e sigiloso sobre a suposta existência de um grampo ambiental na Presidência do Supremo Tribunal Federal (STF) para um repórter da “Veja” foi discutido e acertado entre o assessor de imprensa de Gilmar Mendes, Renato Parente, Cirillo e demais membros da equipe de segurança. Esta informação já havia sido divulgada, indiretamente, pelo chefe da Seção de Operações Especiais do STF, Aílton Carvalho de Queiroz, em depoimento na Câmara. Agora foi reafirmada pelo coronel Sérgio de Souza Cirillo.

Sem nenhuma explicação plausível, Mendes demitiu Cirillo e Aílton Carvalho de Queiroz no dia 1º de outubro último.

O suposto grampo no STF, divulgado pelo staff de Mendes e creditado pela imprensa a arapongas da Abin, foi uma peça chave na estratégia de defesa de Daniel Dantas, que tentava demonstrar a falta de controle das instituições responsáveis pela operação que desmontou o seu esquema.

A divulgação da proximidade entre Chicaroni e Cirillo, de acordo com “CartaCapital”, abalou Gilmar Mendes, que teria reagido furiosamente diante de funcionários do STF ao tomar conhecimento da sentença. Na sexta-feira, Gilmar divulgou uma representação env iada ao procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, na qual ele estranhamente coloca a carapuça, embora o juiz De Sanctis não o cite na sua sentença. Gilmar pede na representação “medidas cabíveis” para que “se esclareçam” os trechos das informações que constam da sentença do juiz. “Registro não ser a primeira vez que, no curso desse processo, divulgam-se informações oblíquas a sugerir comprometimento da probidade desta Corte”, diz Gilmar na representação.

Sobre isso, o jurista Dalmo Dallari, em artigo, disse que: “O caso presente só agrava o julgamento negativo que muitos têm feito do ministro Gilmar Mendes, tanto no tocante à grande flexibilidade de sua ética, quanto relativamente ao seu equilíbrio emocional e à sua falta de autenticidade como jurista”.

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