Nem que os raios nos partam!
As As dificuldades climáticas que tivemos nos últimos dois dias aqui em Belo Horizonte, impediram que este Língua de Trapo publicasse, com a tempestividade costumeira, a agenda de compromissos (despachos internos, audiências, festas, conchavos políticos, inaugurações e entrevistas, muitas entrevistas) do nosso astuto Governador, Aécio Propaganda Neves, FUTURO SENADOR DA REPÚBLICA. Aguardem o lançamento da campanha!
Sarney promete apoiar Aécio para presidente
Gustavo Krieger, Tiago Pariz e Ricardo Brito/Correio Braziliense
Brasília – O governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), saiu satisfeito do almoço com o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP). Na conversa, reservada, ouviu dele uma promessa de apoio. “Você (Aécio Neves) para mim é Tancredo e não vou ficar contra Tancredo nunca”, disse o veterano senador. Sarney foi candidato a vice-presidente na chapa encabeçada por Tancredo Neves, avô do governador mineiro, e assumiu o cargo quando ele morreu. Há algumas semanas, já tinha avisado ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva que as relações familiares o levariam a apoiar Aécio se ele for candidato ao Palácio do Planalto, em 2010.
Apesar da promessa, o governador adotou um tom cauteloso na saída do encontro. Reconheceu que será difícil que os peemedebistas rompam com o governo Lula. “O PMDB tem hoje uma proximidade grande com o governo do presidente Lula até porque participa desse governo. E acredito que o PMDB será leal ao governo do presidente Lula até o seu final”, afirmou. “Mas vejo, sim, uma possibilidade a ser trabalhada por todos os tucanos: o PSDB e o PMDB estarem juntos no Brasil pós-2010”.
O líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN), foi além e admitiu a vontade do partido de contar com Aécio como candidato ao Planalto. “Ele é uma cria do PMDB, se vier para o partido será recebido de braços abertos e certamente será o nosso candidato a presidente da República. Depende mais dele do que nós. O partido tem um compromisso com o presidente Lula, que terá o nosso apoio em 2010, mas isso não significa que abrimos mão de uma candidatura própria. Podemos continuar na base do governo e lançar um candidato a presidente da República, da mesma forma que o PT tem a Dilma e o PSB pode ter o Ciro Gomes”, disse.
Pelo voto
Aécio disse que quer ser o candidato do PSDB e voltou a defender a realização de prévias, para que os filiados escolham entre ele e o governador de São Paulo, José Serra. Em uma dura crítica a quem ainda prefere a escolha de cúpula, Aécio disse que esse modelo levou o partido a derrotas seguidas. “A tradição do PSDB, eu me incluo entre aqueles que participaram dessas escolhas, nos levou nas duas últimas eleições a duas derrotas consecutivas. Quem sabe não é hora de mudarmos essa tradição, permitindo que o partido se sinta participante das decisões maiores do PSDB”, disse o governador.
Nessa disputa, a possibilidade de contar com o PMDB ou ao menos com Sarney, é uma das credencias de Aécio. O governador afirmou ainda ser preciso dar espaço à uma nova lógica partidária que não seja presa às escolhas dos caciques paulistas. “A instância paulista é muito importante hoje e será no futuro do partido. Mas o PSDB não será jamais um partido regional, é um partido nacional, e por isso tem que apresentar propostas novas que atendam ao Brasil como um todo nas suas imensas diversidades”, afirmou. “Eu me sinto muito confortável para esse debate, desde que tenha espaço para fazê-lo”, criticou. (Com Luiz Carlos Azedo)
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