ISSO É QUE DÁ ANDAR COM AÉCIO NEVES - O PT MINEIRO VIROU PÓ

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EDITORIAL DE GERALDO ELÍSIO PARA O NOVO JORNAL

O PT DEVE EXPLICAÇÕES

“Há três espécies de cérebros: uns entendem por si próprios; os outros discernem o que os primeiros entendem; e os terceiros não entendem nem por si próprios nem pelos outros; os primeiros são excelentíssimos; os segundos excelentes; e os terceiros totalmente inúteis”. - Maquiavel

O PT de Minas Gerais deve uma explicação ao povo do Estado. Fonte segura do partido, cujo nome pediu para ser mantido em sigilo, deu uma informação preciosa a este repórter. Somente foram apurados 64% dos votos das últimas prévias envolvendo o ex-prefeito de Belo Horizonte, Fernando Pimentel, e o ex-ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Patrus Ananias, para saber qual dos dois enfrentará o candidato patrocinado pelo ex-governador Aécio Neves, até o momento o atual governador Antonio Anastasia. Até aí nada de mais. O próprio site do PT discretamente informa isto.

Quer dizer, 34% dos votos não foram apurados e se fossem dariam a vitória ao ex-ministro Patrus, não ao ex-prefeito de Beagá, Fernando Pimentel. Aí a informação começa a ganhar relevância.

A fonte acrescentou que o grupo do ex-ministro Patrus Ananias, diante de “informações preocupantes” realizou uma “apuração paralela”, e citou dois exemplos: “Em Buritizeiro, região norte de Minas, Patrus obteve 61 votos e Fernando Pimentel, 1 voto. Em Varzelândia, também no Norte do Estado, Patrus atingiu a marca dos 44 votos, contra apenas 4 de Pimentel. Estes votos não foram apurados e sequer computados. A vitória de Pimentel foi por uma margem de apenas 2%”.

A mesma fonte garante que “houve um acordo entre Pimentel e Patrus no sentido de que os votos que não chegassem a Belo Horizonte até as 14 horas do dia das prévias não seriam contabilizados”. Ora, todo mundo sabe o tamanho de Minas Gerais, sabe que as distâncias são tão grandes que este propósito resultaria no que resultou.

Por quê? Quais interesses estão por trás deste jogo político que segundo a fonte “configura um desrespeito àqueles que saíram de suas casas para votar”.

Seria esta “uma saída honrosa” para Fernando Pimentel, um dos três coordenadores da campanha da ministra Dilma Rousseff, indicado por ela própria? Os outros dois são José Eduardo Dutra, indicado pelo partido, e Antônio Palocci, indicação pessoal do próprio presidente Lula. Ou teria o Palácio do Planalto percebido uma situação desfavorável à Dilma em Minas e, na ânsia de se aliar ao PMDB de Hélio Costa, patrocinado este jogo? Teria sido emanada de Brasília uma ordem para Patrus não vencer?

Não sei. Em política tudo é possível, até mesmo o nada. Mas que o PT, principalmente o de Minas, deve uma explicação deve. Principalmente porque outras fontes já começam a vazar que “Fernando Pimentel está intimidado com medo de perder as eleições e prefere o Senado ou um futuro Ministério incerto se Dilma vencer o pleito, derrotando José Serra, o que abriria outras sendas para o ex-ministro Patrus Ananias.

O que aconteceu

A mesma fonte que gerou a notícia acima comentou que por ocasião da indicação de Márcio Lacerda como candidato a prefeito de Belo Horizonte, ele foi denunciado pela ex-reitora da UFMG, Ana Lúcia Gazolla, como tendo sido filiado com apenas sete meses de ficha de inscrição ao seu partido. “O que isto resultou?” Nada sei. Com a palavra o Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais.

Este espaço é permanentemente aberto ao democrático direito de resposta a todas as pessoas e instituições aqui citadas.

geraldo.elisio@novojornal.com

2 comentários:

jozahfa disse...

Eu acho que a possibilidade que você coloca de medo do Planalto é a mais plausível. O segundo maior colégio eleitoral preocupa e é preferível sacrificar por um lado para se ganhar no conjunto nesse raciocínio.
Eu ainda não desisti inteiramento de Pimentel como político, mas ele vai ter de fazer algo muito positivo que reverta a cagada do Lacerdécio.

Lingua de Trapo disse...

Vai ter que fazer muito mesmo.

 

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