O JEITO DEMOTUCANO (ESCRAVOCRATA) DE TRATAR A EDUCAÇÃO EM MINAS GERAIS

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Lambido do Blog do Euler com a contribuição do Perguntar não Ofende (perguntar@gmail.com)

Características: LEIA COM BASTANTE ATENÇÃO

a) a data do contracheque é de março de 2010, portanto, foi pago este mês de abril de 2010,

b) o símbolo PEB3B significa que se trata de um professor com licenciatura plena (curso superior), que cumpriu o estágio probatório e recebeu uma progressão na carreira, de A para B,

c) o piso básico deste professor, sobre o qual incidem as gratificações e mudanças na carreira, é de R$ 515,49. Se fosse um professor PEB3A, o piso seria de R$ 500,00. Como o professor em questão recebeu uma progressão, teve um aumento de 3% sobre o piso de R$ 500,00. Logo, o piso pulou para R$ 515,00. Se este professor mudar de nível (promoção), passando para PEB4 - mudança que ocorre a cada cinco anos, desde que haja titularidade adequada (pós-graduação), ele receberá aumento de 22% sobre o piso. Ou seja, seu salário base seria de R$ 610,00,

d) como o Aécio criou um teto salarial de R$ 850,00 (o novo será de R$ 935, 00) - que o governo vende mentirosamente para a opinião pública que se trata de um "piso remuneratório", a diferença entre os tais R$ 515,49 e o teto de R$ 850,00 é preenchida com penduricalhos e gratificações, como: VTI (Vantagem Temporária Incorporada), PCRM (Parcela Complementar de Remuneração do Magistério), além da gratificação de incentivo à docência (mais conhecido como pó-de-giz) que é um percentu al de 20% sobre o piso real de R$ 515,49,

e) toda a movimentação ocorrida na carreira (progressões, promoções, quinquenios, etc) é deduzida dos penduricalhos (VTI e PCRM, sem alterar o teto salarial de R$ 850,00. Assim, se o professor mudar de PEB3 para PEB4 após cinco anos de trabalho e tendo feito especialização ou mestrado ele continuará recebendo os mesmos R$ 850,00 de salário bruto,

f) sobre este volumoso salário de R$ 850,00 há o desconto da previdência de 11%, mais o desconto do Ipsemg - que até ontem era compulsório -, mais as contribuições sindicais. O que restou como salário líquido, que é aquele valor que o trabalhador bota a mão no dia do pagamento, é a expressiva quantia de R$ 720,55,

g) ou seja, não dá nem p ra pagar um almoço de deputado, que, de acordo com as notas fiscais das verbas indenizatórias que eles recebem para custear aluguel, comida, casa, transporte, etc, além dos poupudos salários, chega a custar R$ 9 mil reais numa só tarde de almoço,

h) É assim que Minas Avança!

1 Comentário:

jozahfa disse...

O canalha, e ele não é o único, vai à TV, em horário nobre de domingo, e passa alguns comunicados à população com o propósito de desconstruir o movimento dos professores com mentiras. Assim, diz que sempre esteve aberto ao diálogo (o Lacerda fez o mesmo) e conta essa história da carochinha do piso a que você está se referindo aí no post.
Havia, se não me engano, ou há um movimento em Brasília para se passar uma lei que institua uma espécie de horário sindical gratuito, a fim de que os sindicatos tenham direito de resposta, ao menos, diante do poder econômico, seja privado ou estatal.

 

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