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Grécia (Brasil) adota pacote econômico para diminuir déficit e ganhar ajuda da UE

Plano prevê reforma fiscal, aumento de impostos e diminuição de salários.

Para ministro de Finanças do país, o acordo era a única escolha viável.

Lambido do G1

Da Reuters

O governo da Grécia anunciou neste domingo (2) ter aceito o plano de austeridade econômica proposto pela União Europeia (UE) e o Fundo Monetário Internacional (FMI). O anúncio foi feito em Atenas pelo ministro de finanças do país George Papaconstantinou. Com o acordo, a Grécia passa a adotar um pacote de medidas com o objetivo de reduzir o déficit orçamentário do país em 30 bilhões de euros nos próximos três anos.

O plano era uma condição prévia para que a Grécia tivesse acesso aos fundos internacionais de até 135 bilhões de euros que tentarão salvar o país da quebra.

"O programa implica um esforço fiscal de 11 pontos do PIB, ou seja, 30 bilhões de euros em três anos (até 2013), em adição ao anunciado no programa econômico para 2010", explicou o ministro.

"Estamos sendo chamados a fazer uma escolha. Uma escolha entre o colapso ou a salvação, entre enfrentar um difícil e ambicioso programa de três anos de consolidação fiscal e de reformas estruturais, ou então levarmos o país ao fim da linha", afirmou Papconstantinou.

O ministro disse que as medidas incluem um crescimento no imposto de valor agregado (IVA), um aumento de 10% nos impostos combustíveis, álcool e tabaco, além de uma redução de salários no setor público. O governo prevê agora que o país tenha uma contração de 4% do PIB em 2010 e 2,6% em 2011. O crescimento voltaria em 2012, com cerca de 1,1%.

A dívida grega é esperada para superar 140% do valor do PIB em 2013 e passará a diminuir a partir de 2014, afirmou Papaconstantinou, para quem o objetivo da ajuda financeira da União Europeia é permitir que o país possa ter acesso o mais rápido possível aos mercados financieros. "Em 2014 o déficit estará abaixo de 3%", assegurou.

A reunião que definiu o acordo foi transmitida ao vivo pela TV. No último sábado, durante as manifestações de 1º de Maio, milhares de pessoas saíram às ruas para protestar contra o plano, e foram registrados diversos confrontos entre manifestantes e a polícia.

Poucos minutos após o anúncio feito pelo ministro grego, o presidente da Comissão Europeia (órgão executivo da UE), o português José Manuel Durão Barroso, recomendou ativar a ajuda financeira ao país, medida que considera "decisiva" para a estabilidade da zona Euro e para recolocar a economia daquele país nos trilhos.

"A Comissão considera que se cumprem as condições para responder positivamente ao pedido do governo grego, e recomenda que se ative o mecanismo coordenado de ajuda à Grécia", declarou Barroso em um comunicado.

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